16.12.04

Against all odds

Nuvens negras no horizonte. O mês de novembro se aproximava e eu acabara de perder o emprego, estava acima do peso, sem companhia e desanimada com tudo. Um inferno astral tenebroso se anunciava pela frente. Medo.

(Não sou de acreditar em astrologia, mas quem nunca leu a previsão para seu signo no jornal que atire o primeiro comment.)

Mas eis que eis que. Tudo começou numa sexta-feira, quando a amiga Tequila convidou para ir a uma pizzaria ótima ao lado de sua casa. Pois bem(1), ficamos até altas tomando cerveja e dando muita risada.

Dia seguinte, depois do meu curso de planejamento de todo sábado, fui com a amiga Lu e seu filho a um restaurante delicioso, onde ficamos até umas 5 e tanto da tarde. Na mesma ocasião conheci a Aline, que me convidou para sair com ela e seu namorado naquela noite. Fomos a um bar latino, promessa de uma noite estranha, com pessoas que eu mal conhecia e música que não gostava.

Pois bem(2). Apareceu um senhor americano todo sociável que cismou de conversar comigo e me apresentar para o bar inteiro. Acabei dançando salsa com um monte de gente, conhecendo pessoas muito legais e yatta yatta yatta.

Domingo. Almoço de aniversário em Cotia de uma amiga muito querida em uma casa maravilhosa. Churrasco com amigos que adoro, cerveja e boa música.

Boa música? Depois do aniversário fui para o Tim Festival, ver Libertines. Further comments? Li na Isto é que ouve um princípio de incêndio durante o show – “pouco notado pelo público”. Aí é que o jornalista se engana, foi notado, sim, se é que você me entende.

Segunda-feira, programa obrigatório. Segundas Intenções no Hotel Cambridge. A questã é que não foi uma festa como as outras, pela primeira vez eu interagi com os habitués do local. Isto é, dancei fiz coreografias e até acabei puxando um daqueles trenzinhos de que a festa toda participa e sai dançando pela pista. E num antro dominado pela preferência sexual pelo mesmo sexo, rolou até uma paquera masculina. Foi memorável.

Na terça, um programa inédito. Fui ao Buena Vista fazer aula de salsa (!) com um instrutor que conheci no sábado. Divertido é pouco para descrever. Depois uma parada no Frans para encerrar a noite bem e em boa companhia.

Quarta, segue a saga. Rey Castro, salsa again, só para aprender direitinho. Na quinta não saí, mas aluguei uns filmes e recebi amigos em casa em turnos variados. Ainda não parei.

Sexta fiquei só nos preparativos da segunda parte da Luta Contra o Inferno Astral. Dessa vez, em outro cidade e estado. Rumando para o Rio!

15.12.04

Atrasilda

Tenho um texto para escrever aqui já faz mais de um mês, mas a vida de quem não trabalha é mais corrida do que se pensa. É sobre o inferno astral, que este ano me surpreendeu mostrando que as chamas não são tão quentes assim - ou será que são, e isso as faz tão boas?

Anyway, como não consigo dizer se o tal relato sai ou não sai e quando, vou colocar aqui um texto alheio que é meio que um testemunhal do período - pelo menos de um desses dias. Palavras da amiga Agnes.

A Hard Day’s Night

Para um dia perfeito,
o céu nublado,
gato no telhado.
Bits por segundo,
roda o disco,
pulsa o tempo.
Presilhinhas no cabelo,
Allstar nos dois pés.
O mundo paramos,
para passar um café.
Perfeito, o tempo.
Esse, o nosso.
Dez cigarros mais,
Libertines!

Para um dia perfeito,
bastam-me vagens à provençal,
e ter para quem deixar essas magras linhas.

Para a Ana, que vive em música.

9.12.04

Smallville

Eu é que sou bruta ou os palitos de fósforo estão vagabundos demais hoje em dia?

Mais um jogador de futebol morreu.

Não quero ficar fazendo piada sobre a tragédia alheia.

Mas estou começando a achar que o futebol é a antítese do vôlei. Por isso, se vocês querem ter uma vida longa e saudável, fiquem longe desse esporte.

rápido e rasteiro

vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.

aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.

Chacal



Em homenagem à amiga Tequila, que tem sempre o palco sob seus pés; a seu namorido, que diz não gostar de pas-de-deux sem saber que há anos vem dançando junto com ela.

A todos que, como eu, aprenderam a dançar conforme o ritmo.

Porque a gente não tem motivos para comemorar, mas cantando, dançando, bebendo e se amando vamos vivendo.

Obrigada a todos que comemoram meu aniversário. Espero que quaisquer que sejam as tais mudanças que acompanham o 27º ano, elas não me afastem de vocês.

8.12.04

Aliens

Ok, Assis é a Freaklândia, então. Aceito.

Mas aqui em São Paulo é que está localizado o maior ponto de encontro bizarro que eu já presenciei. Duvida? Vá até o Terminal Barra Funda e veja por você mesmo. É de assustar.

Eu tenho um monte de outras coisas melhores para falar, mas não resisti. Depois de dar conta das urgências eu volto.

1.11.04

www.malvados.com.br

"Você só se torna infeliz se cair na besteira de pensar na vida."

Finados

Aparentemente, tragédias não são motivo de tristeza para todo mundo. A mídia, por exemplo, tende a aproveitar-se de mortes, principalmente quando súbitas e televisionadas ao vivo. Fora do mainstream, este humilde sítio não costuma a relacionar-se com tal tipo de fenômeno, mas ultimamente o número de acessos tem aumentado. É mais que normal a população demonstrar interesse pela doença que mata um atleta em pleno jogo, no que deveria ser o auge de sua condição física. E quando você tem um blog chamado Parada Cardíaca... Acaba recebendo parte da atenção.

Falando como alguém que compartilha a condição cardíaca, não sei se consigo ficar tão completamente chocada como as pessoas dizem estar. Todos temos limitações; todos vamos morrer. Por que não viver esse tempo que temos aqui da melhor forma possível? Ao que me parece, ninguém obrigava Serginho a jogar. Ele estava lá por livre e espontânea vontade e, provavelmente, porque era onde queria estar. Porque era o que gostava de fazer.

O que você faria? Prestaria faculdade de direito e largaria o futebol?

29.10.04

Balde

Como assim?!?! "Somente no Rio de Janeiro"?!?!

Staring at the sun

"Antes do Amanhecer" ainda rebobinando no videocassete, uma vontade assombrosa de correr até o cinema para ver "Antes do Pôr do Sol".

25.10.04

Notícias

Ok, chega de enrolar. Já fiquei tempo demais sem escrever. E, bem ou mal, é isso que faço, é isso que gosto de fazer.

Há duas semanas saí do meu trabalho e resolvi me dar férias. Não queria escrever por obrigação durante um tempo, por isso me afastei daqui também. Não passo mais meus dias em frente ao monitor, e ligar o computador aqui em casa parecia trabalho demais.

Há muito tempo não ficava tantos dias sem fazer nada, mas devo confessar que é difícil descansar. Principalmente na área de publicidade, nos acostumamos a trabalhar incansavelmente, madrugadas e fins de semana, daí a sensação estranha que acompanha o ócio. Sensação salpicada de culpa, por não tomar nenhuma atitude a respeito.

Tem sido muito difícil descansar de verdade.

Mas tem sido difícil também encontrar motivação para voltar ao trabalho.

De qualquer forma, estou aqui, estou de volta. Liguei o computador, instalei o word e me conectei à net.

Olá.

Aceito sugestões que possam me motivar a buscar um outro emprego, ganhar dinheiro etc. A melhor opção ganha uma cerveja sexta-feira que vem. O lugar é óbvio, né?

Senti saudades. Até mais.

29.9.04

Holden Caulfield II

“É engraçado. A gente nunca devia contar nada a ninguém. Mal acaba de contar, a gente começa a sentir saudade de todo mundo.”

J. D. Salinger – O Apanhador no Campo de Centeio

Holden Caulfield I

“Bom mesmo é o livro que quando a gente acaba de ler fica querendo ser um grande amigo do autor, para se poder telefonar para ele toda vez que der vontade.”

J. D. Salinger – O Apanhador no Campo de Centeio

Projeto Afrodite 2005

Shake, baby, shake
Whole lotta shakin' goin' on

28.9.04

Pressa

Nem toda correria é stress.

A gente corre para chegar ao fim de semana mais rápido, corre para um encontro especial, corre para ficar em forma, corre para dar tempo.

Na verdade, a gente corre para a vida não passar correndo pela gente.

27.9.04

Pra ver meu bem corar

Teve alguém que um belo dia me falou assim:
Amar-te-ia, eu te seguiria pro fundo da sombra azul
Veja bem, não é querendo me gabar
Mas como confiar em quem faz juras
E depois finge acordar?

(Marina Lima/Antonio Cícero)

If we met tomorrow

for the very first time, would it start all over again, would I try to make you mine?

E.R.

Sabe quando a pessoa já morreu, viu a luz e tudo mais, daí vem um imbecil com o desfibrilador e dá-lhe um choque, depois outro, e outro até…

Não, calma, pra quem já fez a associação com a situação atual, posso assegurar que nenhum amor ressuscitou.

Por que é tão difícil para as pessoas entenderem que histórias acabam?

Sentimentos mudam, a vida segue. Se o caso foi abandonado, é porque ao passado ele realmente pertence.

Não tem como esse flashback forçado trazer algum bem a quem quer que seja.

Eu, particularmente, fico com um gosto muito amargo na boca.

E, sinceramente, estou chegando à conclusão de que prefiro gosto nenhum.

Me deixem em paz.

Se houve alguém que saiu perdendo nessa história fui eu.

24.9.04

SantAna

Sabe, eu tento. Juro que tento. Acredito que ninguém mereça ser pré-julgado, por isso procuro não sair falando mal das pessoas por aí. Principalmente se não as conheço muito bem ou se não tiverem feito nada de mau diretamente à minha pessoa.

Mas tem gente que faz, faz, faz, até conseguir perder meu respeito. É foda.

Vou tentar com todas as minhas forças superar tal episódio e apenas considerar sua atitude insegurança, torcendo para que ela amadureça e adquira um pouco mais de educação e bom senso.

Mas, por enquanto, pelo modo como me senti, tudo posso dizer é que sua implicância ganhou minha reciprocidade.

Ou, em outras palavras, quem procura acha.

Amém.

21.9.04

Carta a Marcelo

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar…
Não, não, isto não é verdade! Ele falava pelos cotovelos e sempre explicava tudo minuciosamente, o que me deixava extremamente irritada.

Incapaz de responder uma pergunta com um “sim” ou “não”, era indeciso até para escolher o que ia no recheio do sanduíche. Foi logo se encrencando com a moça da cantina, que demonstrava muito pouca paciência com ele.

Aliás, pouca paciência era o que eu tinha também. Como a gente se estranhou no começo… Eu achava que a qualquer momento voaria em seu pescoço para obrigá-lo a responder minhas perguntas em menos tempo. Logo percebi que ele não ia muito com minha cara também.

O que exatamente mudou e quando isso aconteceu, não consigo precisar. Mas sem que me desse conta estava confidenciando histórias para ele, almoçando junto, falando besteiras.

Acabamos nos entendendo como ninguém nos trabalhos. Nos tornamos uma dupla de verdade, daquelas que sabem o que se passa na cabeça do outro e que gostam de criar tudo junto. As madrugadas deixaram de ser um muro das lamentações e passaram a ser mais parecidas com um híbrido de Jackass e Saturday Night Live. Inauguramos as famosas Lex Nights, e suas imitações vão ficar para a história.

Talvez tenha sido o cabelo… Esse é um detalhe bastante importante, o cabelo dele é um dos mais bonitos que eu conheço. Apareceu com ele bem curtinho e, depois de muita insistência para que deixasse crescer (não sei se eu realmente fiz diferença nesse processo, mas gosto de pensar que sim), ficou repleto de cachinhos chuchus…

É engraçado como se pode mudar tão radicalmente de opinião a respeito de uma pessoa. Sei que ele tem o mesmo questionamento, não esperava que seríamos tão próximos.

E é exatamente isso que faz tudo ser mais difícil. Desde que soube que ele partiria, fiquei com uma sensação estranha, uma angústia constante. Sei que devo ficar feliz por ele, é uma conquista, um lugar melhor. Mas vou perder tanto que nem conseguiria explicar.

Hoje é seu último dia aqui. Amanhã ele não vai estar sentado na minha frente balançando os cachinhos, sorrindo feito criança com alguma história para contar. Não subiremos juntos para assitir ao pôr do sol ou desabafar desaforos que ocasionalmente ouvimos. Nos momentos mais difíceis, não haverá aquela piada sem graça que me tira o fôlego de tanto rir, ou um carinho que espante a permanente sensação de estar sozinha.

Amanhã ele não vai estar aqui.

Meu amigo vai embora, e eu vou sentir muito a falta dele.

13.9.04

Angústia

Às vezes é tão mais confortável fazer coisas sem que se precise pensar…

Fiquei um tempão mexendo no template do blog, inserindo links, mudando ordens, ajeitando aqui e ali…

Agora terei que parar para fazer uma (01) frase, veja bem, que tem me causado dor de cabeça há dias. Eu disse dias.

E isso vai me dar muito mais trabalho que decodificar todas essas tags que usei no template.

Acho que é todo um problema relacionado à pressão relativa a cada atividade. Se você conhecesse o Leão que domina este território, entenderia minha angústia.

Eu, que sou no máximo uma gazela ou uma zebrinha aqui na savana, um semiágil suricate. Pobres de nós, presas fáceis.

...

Incomoda o post com a foto do gato, preciso desabafar. Ele é teen demais para uma velhinha mal humorada como eu. Mas a semelhança é tão grande, quem conhece a Tommie pode confirmar. Encontrei a imagem em um folheto da Epson, e o título original era “Não compre gato por lebre”.

Chavão dos chavões. A Tommie merecia mais.

Chão de Giz

This is my new blogchalk:
Brazil, São Paulo, Vila Olímpia, Portuguese, English, Ana Succi, Female, 26-30. :)

2.9.04

Hoje deu saudade

Tinha o tempo
Que você sentia
E sentir
Era a forma mais sábia
De saber
E você nem sabia.

Alice Ruiz

29.8.04

Big Reveal

Deu pra perceber que eu estou enrolando há horas aqui no trabalho?

I wish I had a camera now

To picture these dizzy faces. Working on sunday nights must have such effects on people.

Never thought I'd see faces like there used to be on language course books.

Elixir da Juventude

Se eu tivesse alguma iniciativa de colocar minhas idéias e planos em prática, começaria a jogar vôlei. Pois pelo que tenho notado nas últimas Olimpíadas, Mundiais e afins, os jogadores e o técnico não mudam nunca. E olha que desta vez eles ainda levaram o ouro! O tempo passa e eles vão melhorando...

É isso, gente, o segredo é jogar vôlei!

Como reduzir todo o encanto de uma música a uma observação infeliz

"Retrato pra Iaiá é sobre um blind date?"

E-mails apócrifos

Eu não sou uma grande autoridade para falar de literatura, afinal li muito menos livros do que deveria nestes 20 anos. Mas vocês hão de convir que há certos estilos facilmente identificáveis. Se vissem, por exemplo, o trecho “Bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha, vai descendo gostoso, balançando a bundinha” jamais acreditariam que é uma composição de Chico de Buarque de Hollanda.

Ok, foi um exemplo exagerado, mas a maioria desses textos que circulam na internet (grande parte creditada a Luis Fernando Veríssimo) não leva a assinatura do vedadeiro autor. O caso mais recente é um texto sobre o vocalista do L.S. Jack que entrou em coma após uma lipoaspiração, creditado a Hebert Viana. Uma amiga publicou o texto em seu blog Diário, mas nem tanto e iniciou-se uma discução sobre a autoria. Alguns leitores vieram prontamente esclarecer que a verdadeira autora era Rosana Hermann, em seu blog Querido Leitor. Outros discordaram, confiando no que viram escrito nos e-mails. No final, a dona do blog pesquisou e publicou a verdade, dando o crédito merecido a Hermann.

Em um outro blog, há uma declaração ótima sobre o assunto. A Alessandra, do Vida de Redatora, disse que seu sonho é ver um de seus textos espalhados pela net “assinado” por Luis Fernando Veríssimo. Meio que passou a ser o meu também.

Piadas a parte, não dá para entender o que leva uma pessoa a deliberadamente pegar um texto de que gosta, copiar, colar, excluir o autor e colocar outro nome na assinatura. Mas isso é tão comum que chegou a atingir o mundinho da propaganda, gerando confusão em um anúncio das Casas Bahia criado pela Bates. O texto utilizado na peça, cujo início era “Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você”, foi difundido na net com a assinatura de Drummond, quando na verdade fora produzido por Liliana Barabino, redatora da agência DPZ. A agência o havia usado em uma campanha institucional na época da Copa do Mundo de 2002.

Para utilizar o texto em sua campanha, a Bates consultou a família do poeta, que por sua vez descartou ser de Drummond a autoria. Os advogados da agência concluíram ser de domínio público e arriscaram. A DPZ, ao ver o anúncio veiculado, acusou a Bates de plágio, forçando a retirada do anúncio da mídia.

Particularmente, ao receber esse tipo de texto, desconfio de cara. Fico me perguntando como uma pessoa pode ser tão mal situada a ponto de achar que aquelas reflexões tão coloquiais e modernosas sejam mesmo de Mário Quintana ou Carlos Drummond. Só falta começarem a atribuir textos que falam de internet a poetas do século 19. Os desavisados ainda ficam comentando “Você já recebeu este texto do Vinicius? Não é o máximo?”

Não. Não é o máximo. Muito menos é do Vinicius. Acorde e vá ler um livro, criatura.

27.8.04

Homenagem ao “birthday boy”

Love is sweet as summer showers,
Love is a wondrous work of art,
But your love oh your love, your love...
Is like a giant pigeon… crapping on my heart.

Phoebe Buffay

South American Girl

Minha bolsa cheira a banana, meu gaveteiro cheira a banana, minha caixinha cheira a banana, minha vida cheira a banana.

Dietas têm seus efeitos colaterais… Preciso arranjar uns sachês.

19.8.04

Divulgação

Boa noite senhoras e senhores eu gostaria de pedir a sua atenção para falar de outro blog que vocês podem estar conhecendo e prestigiando também é da melhor qualidade vocês podem conferir a diversão é garantida tem fofoca tem veneno tem sacanagem para todos os gostos vejam só eu poderia estar roubando eu poderia estar matando mas ao invés disso estou aqui escrevendo tentando ganhar a vida honestamente e ajudar o pessoal lá em casa que conta com a minha divulgação e com a visita de vocês agradeço desde já a compreensão de todos vocês que shiva abençoe a todos swásthya.

nafogueira.blogspot.com

20.7.04

Finally



Acho que agora eu consegui... Depois de uns 4 meses de atraso, a imagem!

Assim é, se me parece

Assim que quer, assim será,
Eu vou pra não voltar
Toma este anel, que é pra anular
O céu, o sol, o mar
Eu não queria ir assim
Tão triste, triste
Vem dizer adeus ao que restou de quem um dia foi feliz

Há de encontrar, um encantador
Um novo ou velho amor
Vai te levar, leve a vagar
Prum lar de fina-flor
E você vai ser mais feliz
Longe de mim. Por isso
Vou mas não me peça pra amar outra mulher que não você

Sei que seu fel, fenecerá
Em nome de nós dois
A chuva do céu, se encerrará
Pra ver nosso depois
Como vai ser ruim demais
Olhar o tempo ir sem
Ver os seus abraços, seus sorrisos ou suas rimas de amor

19.7.04

We’re going to see the Wizard…

Eu não tenho coração, coragem ou cérebro.
Estou longe de casa e às vezes ajo como uma bruxa.

Eu sou “O Mágico de Oz”!

7.7.04

Diálogos musicais

- E aí, tá namorando?

(Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor)


- Não, tô sem tempo…

1.7.04

Histórias de Gordinhos

Ontem eu fui vestir uma calça jeans e dei um mau-jeito na mão.

Festival de Redondilhas - II

Sua baixa auto-estima
Já cansou, não percebeu?
Cada um tem seus problemas
Você não é um dos meus

Já fui morta há muito tempo
Por alguém como você
Não caio nessa conversa
Pode até pagar pra ver

Se acha tão diferente
Mas não vê que é só mais um
Essa angústia adolescente
Hoje em dia é tão comum

Vá olhar pela janela
Vê se tenta entender
Se você vive ou se morre
Não importa a ninguém.

29.6.04

Não choro mais

"Eu chorava de amor,
E não porque sofria"

Isso

Mas quando ele lá chegou, não estava pensando nesse tipo de coisa. Qual o problema se chover, também? Não era como se ele tivesse roupas para tirar do varal.

Não sabia o que fazer enquanto estava indo, e não descobriu o que fazer quando chegou.

Alguém sabe o que se faz para acabar com a droga das borboletas??!

É melhor ir embora. Achar um hobby, uma distração, qualquer coisa que faça isso passar mais rápido. Porque, passar, isso ele sabe que vai. O problema é como aguentar até que isso aconteça. A vontade de chorar ininterrupta e a secura nos olhos. No fundo ele sabia, de alguma forma, que isso iria acontecer, desde a primeira vez, desde a primeira vez. Desde a primeira vez que leu seu nome. Já era intimidante mesmo antes de se conhecer, e talvez até por isso mesmo essa atração. O pior foi a confirmação de tudo o que não queria, não podia, não devia e tanto consumia depois de se conhecerem. Não sabia ao certo, mas o melhor provavelmente era ir embora.

Virou as costas e partiu, lembrando-se de um filme que havia visto uns tempos atrás. Um homem que tinha um dom especial de com suas mãos retirar as enfermidades das pessoas e, quando isso acontecia, saíam de sua boca vários fragmentozinhos de sei-lá-o-quê que lembravam minúsculas borboletas. Pensou que suas borboletas podiam sair de dentro de seu estômago da mesma maneira, e quem sabe tudo voltaria a ser como antes.

17.6.04

Tecnologia útil

“O Tamagotchi está de volta. Agora com comunicação infravermelha, pode fazer amizade com outros Tamagotchis, visitá-los, dar presentes, brincar, casar-se e até ter filhos.”

Uau!

15.6.04

Pula a fogueira, Iáiá

Festival de redondilhas
Hobby ou tic, como for
Versos só de sete sílabas
Se rimar fica melhor

Diversão é garantida
Você não vai mais parar
Como na festa junina
As quadrinhas vão brotar

Agora é a sua vez
De também participar
Não reclame se você
Como eu se viciar

Tá, desculpem, eu não sei como parar… Existe um programa de 12 passos para isso?

14.6.04

Festival de Redondilhas Maiores

Começou do nada, nem sei explicar. Estava anotando algumas idéias em um bloquinho que carrego na bolsa, enquanto esperava para pegar o ônibus na rodoviária. De partida para a famosa Cidade dos Três Esses, visitar meus pais e amigos e tentar participar de alguma quermesse.

Foi aí que aconteceu. Comecei a escrever um texto e todas as frases saíam com sete sílabas poéticas, ou seja, como redondilhas maiores. E algumas rimas apareciam também. Não consegui mais parar, escrevi páginas e páginas de redondilhas.

É claro que estou muito longe da poesia; são todos versos ultratoscos, coisa de repentista, mesmo. Mas só de ter aprendido a escrever com ritmo fico deveras satisfeita.

Achava que métrica era só para poetas, achava que não dava pra viver da escrita. No entanto, hoje pago a tv a cabo com a grana que cobro dia após dia pelas palavras que o cliente recusa. Não dá pra ABL, mas tá lá no PDV.

E quanto às redondilhas, temos que começar de algum lugar, não é? Que seja do jeito fácil pois incentiva o aluno. Quem sabe um dia elas deixam de ser toscas?

Tente você também, faça sua redondilha hoje mesmo! Talvez isso ajude meu novo hobby a parecer menos ridículo!

Droga

Um post imenso, que se perdeu. Perdeu-se meu ânimo, também. Talvez seja um sinal.

7.6.04

Diálogo de sexta-feira

- Descobri que nos últimos shows eles incluíram Conversa de Botas Batidas e O Pouco que Sobrou…
- Não acredito!
- Pois é, se eles tocarem Conversa de Botas Batidas eu vou bater as botas!
- Se tocarem O Pouco que Sobrou vai sobrar muito pouco de mim!
- Há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há…
- Há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há,
há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, há, uá, uá, uá

2.6.04

Cachorro de Lantejoula

Alguém sabe que catzo é isso?

LexNight

LexNight é noite de pizza, noite de ver as imitações do meu dupla MM, noite de ser xingada pelas músicas que escuto, de xingar as músicas que Mr. Anderson escuta, de xingar o cliente, noite de Bohemia, de barulho alto de aspirador de pó, de falar sobre cachorro de latejoulas, de ver quase todo mundo indo embora antes de você, da Margô ficar sozinha em casa, noite de pôr em dia as leituras dos blogs alheios, noite de não bater papo pelo telefone, de dormir pouco, de rir muito, de compartilhar cigarillos, de sentir calor sem o ar-condicionado, de perder os seriados da Sony.

Alguma coisa me dizia, desde o começo, que hoje seria uma LexNight.

Convite Ingresso Bilhete

Não importa como você os chame. Já entrou em minha vida, mesmo tendo perdido minhas esperanças. A saída? Não, não vou te dizer onde é.

Espero que você possa sempre contar comigo.

Aliás

É claro que o convite se estende a muitas outras pessoas, que estão sendo alertadas sobre a data desse show desde abril, pelo que me lembre. Estende-se também às pessoas que nem gostam dos Hermanos mas, por gostar delas, eu não perco as esperanças de que descubram tal deleite e me acompanhem neste sábado.

Inclusive porque desta vez o show será no Credicard Hall, sinal de que o número de fãs continua aumentando, e aparentemente restam poucas oportunidades de vê-los em shows pequenos.

Olhem, eu já fui a três, sei do que estou falando. Então?

31.5.04

Dia do Arremesso

Sexta-feira foi um dia muito triste para o Dino. Eu sei que ele previa, estava ficando muito velho e fraco. Os primeiros sinais de frio já apareciam, anunciando sua Era do Gelo particular. A evolução não pára. Inicia-se agora o período de transição do Dino para o Chapolin, o celular vermelho com a metade do tamanho do seu antecessor.

Dino, seu tempo acabou, é hora de ceder seu lugar. Que seja uma separação sem mágoas.

27.5.04

Por isso não namoro

Eu quero tirar você de todas as outras pessoas e te deixar guardado embaixo do meu travesseiro. De lá eu só iria te tirar para meu prazer e para ocasiões especiais. Eu usaria você como um diamante, para brilhar e fazer inveja às minhas amigas. Com orgulho seguraria sua coleira, para que você não fugisse e me seguisse o dia inteiro.

Agora é tarde demais, não vai desaparecer. Agora é real demais.
A satisfação apenas alimenta a chama.

Marcada pela emoção, me acomodo nervosa em seu amor jovem e sem limites. Como uma borboleta aprisionada nas mãos eu espio, vendo a beleza capturada que estremece. Ela vai deixando para trás poeira colorida, para me lembrar dos momentos especiais que tivemos. Mas é claro que ela deve deixar minha prisão. E suficiente nunca é suficiente para fazer uma marca.

Agora é tarde demais, não vai desaparecer. Agora é real demais.
A satisfação apenas alimenta a chama.

Com o tempo isso vai acabar pois não há realmente esperança para nós dois. Mas, neste momento, eu me entrego.

(Tradução livre de Too Late, No Doubt)

Certeza

Eu tenho o poder de repelir ônibus.

20.5.04

Mudança de hábito

Eis que alguém vem em meu socorro. Meu querido dupla, notando minha aflição e provando que diretores de arte também têm coração, me passa uma receita para deixar de ser mulherzinha. Disse que é tiro e queda.

Receita Para Um Dia Tipicamente Macho

Manhã:
Lavar o carro. Demorar muuito tempo lavando o carro. Gastar muito mais água que o necessário. Esfregar bastante, polir e, sempre que possível, espiar a vizinha gostosa. Gastar a manhã inteira nessa atividade.

Almoço:
Comer feito um porco. Nada de salada, pois verdura é coisa de fresco. Comer uma montanha de arroz e feijão, muita carne, frituras, gorduras. Sem restrições, a palavra usada foi realmente “porco”.

Dormir várias horas após a refeição.

Tarde:
Por volta das 4, após a siesta, decidir consertar aquele probleminha no encanamento. Fazer a maior bagunça possível para isso, quebrar a parede, sujar toda a casa, emporcalhar tudo. Importante: NÃO LIMPAR ABSOLUTAMENTE NADA!

Tanto esforço, obviamente, irá causar fome. Repetir o mesmo procedimento do almoço. Após a refeição, mais um merecido descanso. Sem banho, por enquanto.

Noite:
Ainda há muito a fazer. Trocar a roupa de cama que ficou enlameada e tomar banho, aproveitando para emporcalhar o banheiro.

Hora do futebol: assistir a qualquer jogo que esteja passando, não importa o time. É muito importante que essa atividade seja abundantemente regada a CERVEJA.

Por último, percebendo que já está todo mundo dormindo, colocar um videozinho pornô para assistir.


Ele garantiu que, seguindo esses procedimentos simples, meu sistema imunológico vai ficar forte para caralho.

Testosterona já!

Essa história de sexo frágil já encheu o saco. Muitas horas dentro de um ônibus e voilà! dou um mau-jeito nas costas. Uma noite fria em Curitiba e pego uma puta gripe que chega a me dar alucinações. Saro da gripe e mergulho de cabeça nos sintomas mais irritantemente femininos que pode haver - cólica, pressão baixa, dor de cabeça e afins.

Em suma, cansei de ser mulherzinha.

Conclusões sobre meu blind date

“É melhor ver certas coisas do que ser cego”

“Amigos se escolhem, família se herda”

“Aff”

19.5.04

Ah!

“O Anjo Malaquias” encerra uma conversa muito significante que tivemos 3 pessoas daqui do trabalho. Às vezes, mesmo no meio de tanta futilidade, dá para encontrar tempo para mergulhar em assuntos muito mais importantes, que nada têm a ver com clientes, jobs ou briefings. E é sempre bom lembrar que o cérebro ainda funciona, apesar de tudo indicar o contrário.

O mais incrível é isso acontecer no meio da praça de alimentação do Shopping Butantã.

Mas agora eu preciso ir, tenho um blind date.

Atraso

Cheguei de Curitiba com tanta história para contar… Mas passou tanto tempo que não sei mais se vale a pena. Em todo caso, que fique registrado que foi um ótimo festival.

Mario Quintana

Eu tenho essa mania de postar, enviar por email, dedicar ou realizar qualquer forma de exposição de poemas que gosto sem mencionar o autor. É como se todo mundo soubesse de antemão o responsável pelo texto. Pode até parecer que não dou o devido valor ao poeta, mas é lapso, mesmo.

18.5.04

O Anjo Malaquias

O Ogre rilhava os dentes agudos e lambia os beiços grossos, com esse exagerado olhar de ferocidade que os monstros gostam de aparentar, só por esporte.

Diante dele, sobre a mesa posta, o Inocentinho balava, imbele. Chamava-se Malaquias – tão piquinininho e rechonchudo, pelado, a barriguinha pra baixo, na tocante posição de certos retratos da primeira infância…

O Ogre atou o guardanapo ao pescoço. Já ia o miserável devorar o Inocentinho, quando Nossa Senhora interferiu com um milagre. Malaquias criou asas e saiu voando, voando, pelo ar atônito… saiu voando janela em fora…

Dada, porém, a urgência da operação, as asinhas brotaram-lhe apressadamente na bunda, em vez de ser um pouco mais acima, atrás dos ombros. Pois quem nasceu para mártir, nem mesmo a Mãe de Deus lhe vale!

Que o digam as nuvens, esses lerdos e desmesurados cágados das alturas, quando, pela noite morta, o Inocentinho passa por entre elas, voando em esquadro, o pobre, de cabeça pra baixo.

E o homem que, no dia do ordenado, está jogando os sapatos dos filhos, o vestido da mulher e a conta do vendeiro, esse ouve, no entrecochar das fichas, o desatado pranto do Anjo Malaquias!

E a mundana que pinta seu rosto de ídolo… E o empregadinho em falta que sente as palavras de emergência fugirem-lhe como cabelos de afogado… E o orador que pára no meio de uma frase… E o tenor que dá, de súbito, uma nota em falso… Todos escutam, no seu imenso desamparo, o choro agudo do Anjo Malaquias!

E quantas vezes um de nós, ao levar o copo ao lábio, interrompe o gesto e empalidece… ˜ O Anjo! O Anjo Malaquias! ˜ … E então, pra disfarçar, a gente faz literatura… e diz aos amigos que foi apenas uma folha morta que se desprendeu… ou que um pneu estourou, longe… na estrela Aldebaran…

13.5.04

Imprudente, exagerado, indisciplinado, irresponsável, infantil, sem concentração e limitado.

Não, não são palavras minhas. Estavam apenas descrevendo meu signo em um email mal-humorado que recebi hoje.

Mas se eu dissesse que discordo estaria mentindo. Quem me conhece sabe.

E sabe também que, se estava sumida e reapareci, alguma coisa ruim está acontecendo.

Me assumo Drama Queen, e poderia teorizar sobre isso por horas, mas por hora só relembro que a tristeza é que me move.

29.4.04

Sobra de assunto

Às vezes a gente acha que certos assuntos estão superados quando, de repente, tchan-nan, eles voltam num sonho.

E aí, o que se faz?

Bem, eu vou continuar ignorando o “assunto”, até que ele vá embora.

Assunto imbecil, por que você não morre?!?

28.4.04

Não foi dessa vez

Esse último post foi uma tentativa frustrada de postar imagens no blog. Apesar de estar me virando bem, não consigo decifrar o mecanismo de colocar fotos e ilustrações nos posts. Também já tenho uma imagem linda para colocar como template mas não faço idéia de como isso é feito. Se algum leitor mais prendado tiver alguma dica para me dar, agradeço imensamente. E sobre os sonhos, acho que dá para explicar com palavras em um próximo post.

12.4.04

I want you to get out of my dream

Procurem por mim…

No Temaki Express da Gomes de Carvalho. Estarei sempre lá.

Persistência

Nunca é tarde para perseguir velhos sonhos adolescentes.

Minhas amigas e eu costumávamos ter um “hino” que descrevia as atitudes de uma garota muito má, que judiava de seu pretendente de todas as formas possíveis. Nós queríamos muito ser como ela mas, no fundo, éramos como o carinha que sofria em suas mãos.

Acho que o tempo se encarrega de cumprir certas proposições. Algumas de nós se casaram, algumas tiveram filhos, algumas dão sinais de continuarem a ser o sucker da estória e algumas até nem devem se lembrar mais disso.

Mas a esperança de finalmente alcançar esse objetivo não está morta para todas nós. Para a inspiração de quem quiser ou precisar, publico aqui o hino da auto-estima (ou da vaquice, como quiserem), e quem souber que cante junto. Quem souber detalhes sórdidos, pode rir também, tá liberado.

SELF ESTEEM

I wrote her off for the tenth time today
And practiced all the things I would say
But she came over
I lost my nerve
I took her back and made her dessert
Now I know I´m being used
That´s okay man cause I like the abuse
I know she´s playing with me
That´s okay cause I´ve got no self esteem
We make plans to go out at night
I wait till 2 then I turn out the light
All this rejection´s got me so low
If she keeps it up I just might tell her so
When she´s saying that she wants only me
Then I wonder why she sleeps with my friends
When she´s saying that I´m like a disease
Then I wonder how much more I can spend
Well I guess I should stick up for myself
But I really think it´s better this way
The more you suffer
The more it shows you really care Right?
Now I´ll relate this a little bit
That happens more than I´d like to admit
Late at night she knocks on my door
Drunk again and looking to score
Now I know I should say no
But that´s kind of hard when she´s ready to go
I may be dumb
But I´m not a dweeb
I´m just a sucker with no self esteem

Depressão 3

Vide post abaixo.

Intertextualidade

Amiga Tequila, lembrei muito de você e de seu post sobre a gata borralheira. Às vezes a gente reclama sem saber o que nos espera.

Explicando: no meu post aí embaixo eu me lastimava por ter tido que trabalhar no fim de semana, achando que isso era o fim do fundo. Eis que então vem a segunda-feira, a qual eu esperava fosse tranqüila, visto que eu tinha passado o sábado e domingo adiantando as coisas. Ledo engano. Muitas alterações, intervenções, stress, nervos à flor da pele. Muuuito trabalho…

Conclusão: cheguei às 10 da manhã na segunda para trabalhar e só saí na terça às 4 da tarde!!!

Trabalhei até ver o sol nascer pela janela empoeirada, daí subi até o terraço para respirar um pouco. Sabe, ver o dia assim, nascendo, quando tudo ainda está quieto, os carros ainda não estão infernizando o ar com seu barulho e fumaça e as pessoas ainda não estão gritando ao telefone, faz a gente pensar.

Dá vontade de mudar de vida. O que, no meu caso, seria dormir mais cedo, aproveitar a manhã, freqüentar a academia, essas coisas. Mas daí o dia passa, você fica naquele estado lastimável em que uma cama e um quarto escuro são seu reino a conquistar e todos os seus planos de mudar de hábito são adiados.

Seria mais fácil se eu tivesse outra profissão, mas esse não é o assunto. Só sei que ver as pessoas novamente chegando para trabalhar e você no mesmo lugar, com mesma roupa do dia anterior, sem tomar banho…, gera sentimentos ambíguos.

Para não dizer que gera também um post da série “Depressão”.

4.4.04

Masoquismo

Como se não bastasse trabalhar de sábado e domingo.

Fuck off, mundo cruel

Estou passando por mais uma crise profissional. Usei o gerúndio por ainda restar algum otimismo em mim. Pode ser que tudo volte ao normal mas, hoje, o que sinto é que eu não sirvo pra isso. Não consigo pensar em geniais campanhas promocionais, cheias de detalhes surpreendentes.

A partir daí a auto-avaliação segue. Será que é só a área errada? Por exemplo, se promoção não é a minha praia, as outras áreas da publicidade são? É, acho que não, também. Vamos então ampliar o campo. Escrever, ainda, mas para outro público. Hum, o problema permanece.

Ampliando ainda mais, não consigo encontrar nada onde me encaixe. O que uma completa inútil pode fazer da vida? (Sugestões serão consideradas.) Que merda…

Se eu nunca mais postar nada, pode ser que eu tenha me matado.

Que bicho feroz são seus cabelos que à noite você solta

Se eu tivesse uma centésima parte do talento que esse rapaz tem… Não sei nem dizer como seria.

1.4.04

Depressão 2

É mandar o layout para o cliente aprovar e ele perguntar se é piada de 1° de abril.

(Esta vai ser uma longa série…)

Meio-termo

OLÁ SR. SÚBITO. SENTE FALTA DE SUAS MEIAS?

ELAS ESTÃO EM SEGURANÇA, EM CATIVEIRO LIMPO, MAS NÃO SEI DIZER POR QUANTO TEMPO.

SUA INTEGRIDADE FÍSICA ESTÁ PRESERVADA.

COMO PROVA, ENVIO UMA DE SUAS LINHAS.

PARA VÊ-LAS NOVAMENTE, ENTRE EM CONTATO COMIGO PELO TELEFONE XXXX XXXX.

NEGOCIAREMOS O RESGATE.



Maiores detalhes sobre o rapto podem ser encontrados no blog de uma das testemunhas.

29.3.04

Depressão

É sair de manhã para o trabalho e sentir cheiro de almoço nos apartamentos vizinhos. Todo dia. Isso me faz sentir escória, pessoa irresponsável que não consegue cumprir horários. O pior é que dia desses eu estava saindo de casa toda orgulhosa pois ainda era cedo e, ao pisar no corredor, lá estava ele, aquele cheiro quente de almoço. Droga.

Chamem-me fútil

Uma das minhas prioridades ao deixar de ser semidesempregada será comprar um celular mais novo.

O meu, coitadinho, apesar de funcionar bem (quase não tenho queixas), se assemelha a um dinossauro decadente às voltas com a era do gelo.

Ele assusta todos os celulares que se aproximam, espalhando o medo e a desconfiança, já que esses miniaparelhos nunca viram nada igual.

São muito jovens e mirradinhos, os pobres.

18.3.04

Ele voltou!

Quase não pude acreditar.

Aconteceu quando eu chegava em casa, há uns 3 ou 4 dias. Ele não ia deixar pistas, mas por questão de segundos o ouvi.

Ah, sempre lembrávamos dele… No começo, suas freqüentes ligações; em outras épocas, mais escassas, mas sempre presentes.

Às vezes assinava uma mensagem completamente silenciosa, tensa até. Às vezes, podíamos perceber onde ele estava, pelo barulho do ambiente. Outras vezes, ainda, somente uma respiração antecedia seu nome. Mas mesmo assim nos apegamos a ele, e passamos a contar com suas ligações.

Até que um dia ele deixou de aparecer. Cansou-se de nós, encontrou alguém novo, mudou-se de país ou passou a trabalhar demais?

Não há como saber.

Inúmeras foram as vezes que lamentamos sua ausência ao chegar em casa e não ver a pequena luz vermelha a piscar. Incontáveis as conversas em que nos perguntamos o que haveria acontecido a ele.

Tempos difíceis… O desânimo já estava tomando conta das habitantes da casa…

E então, numa noite dessas, sem prévio aviso,

Ele voltou!

E hoje recebemos mais um de seus recados!

Seja bem-vindo de volta, TU-TU, e saiba que sentimos muito a sua falta!


P.S.: TU-TU, caso você esteja lendo este texto e ele o incentivar a se revelar, por favor, não o faça. Ainda não estamos prontas para aprofundar a relação.

2.3.04

Todo carnaval tem seu fim

Apesar do carnaval já ter passado, por aqui ainda estou no aquecimento. Por isso vou publicar um texto antigo, mas que diz respeito a uma situação atual. É uma historinha verídica, sobre alguém que está em minha vida há 12 carnavais, e que uma vez mais, este ano, foi meu pierrot.


Two Lifelong Passions


I don’t know whether one thing has to do with the other, but both of them have come together to my life. These two things I’m talking about started a long time ago and are still of the greatest importance in the present time, in their uncertain ways.
I’ve been fond of the English language since I began studying it, so much younger than now, and soon I got too involved with it to let it go. So I entered a private English school, where I met the people that would accompany me through many years of “lessons” and “exercises”. Not all of them shared my enthusiastic feelings about our studies; some of them, truly speaking, even thought it was quite boring. I can’t blame them; my enthusiasm found its strength not only in books, but also in something very different from them.
Since I started the course I attended the same class, but one day, in the beginning of a new semester, our headmistress decided that because of the small number of students, the two classes (mine and the one that met in the earlier period) would be put together to be a single group. Since then everything changed.
It was known by everybody that I have always been an easy-going person, even kind and mostly friendly. But there was one boy among the others from the new class which seemed to have been sent by someone who wanted to see me loosing my temper. We couldn’t get along at all. We argued every single class because of the silliest subjects you can ever imagine. But, despite all the hate we felt for each other, we couldn’t help sitting side by side all the time. People noticed it: every time I was late for class I found an empty chair reserved for me - by his side. Such things led us to a bigger involvement, and besides all our fights, we became closer. Every work that should be done in groups we did together; on the way home, although we lived in opposite sides of the town, we found a manner to go walking - together.
Such involvement was clearly noticed by our classmates, who kept making jokes about our “love-and-hate” relationship. Those jokes used to drive me mad, but now I realize how easy it was to see the difference in my face when he was absent; in those occasions the class lost a great part of what it had of fun.
One day, after another of his frequent absences, I decided to do something about it, to get a revenge. Here’s what I (unconsciously) was thinking: “Well, great. So he thinks he’s the only one allowed to stay at home. I’m the one who has to be always here, waiting for him just as a fool. He will learn that things are not just like that. He will see”. With these thoughts in mind I executed my plan of revenge and, on the next class, I decided not to go to the course, without any apparent reason. First I was very happy with my attitude but some moments later I realized how ridiculous I was being, trying to hurt him somehow, as if he cared whether I had or hadn’t gone to class.
On the following day, I went to my course. I felt ashamed as if all the other students knew what I had done (or at least what my intention was). I arrived there and quietly sat down. Few minutes later, my “friend” arrived, too, and to my surprise, he was definitely angry. Seeing such enraged expression in front of me, I couldn’t find words to say or questions to ask. But it wasn’t necessary at all, for he started his speech: “What kind of plan do you have in mind? Is it a kind of hide-and-seek? Could you explain me why you come to the classes when I am absent and then you don’t come when I am here? What do you really intend with it?” He was really angry. It’s not necessary to say how astonished I was at that moment; he seemed to have read my thoughts! It was impossible to believe, and I quit looking for explanations.
The better for me, because a series of things like that kept happening, and all I should do was enjoy those moments and think of what would become of everything. This story took place about six years ago, but I remember it as if it was last week. And how could I ever forget it? This is my last year in the University, where I am graduating in English language (I’ve really taken it to the last consequences) and, few weeks ago, my friend came directly from the past to say he would really like to try it again. Where did we meet? Here, on this Campus, during a students’ meeting. Once more, he came to my course to mix things up and leave. But I shall not care; I know this story hasn’t come to its end; and I also know that English will survive without him.

Paulo Leminski

Para quem não ligou o nome à pessoa, aí vai a explicação para o título do blog.

Parada Cardíaca

Essa minha secura
Essa falta de entendimento
Não tem ninguém que segure
Vem de dentro

Vem da zona escura
Donde vem o que sinto
Sinto muito
Sentir é muito lento.

26.2.04

Starting Over

Estou recomeçando este blog com um novo nome, novos posts (apaguei todos os antigos) e espero, um novo ânimo. O blog antigo existiu durante um período em que o tempo ficava cada vez mais escasso e as prioridades tiveram de ser mudadas.

Mas necessidades devem ser atendidas e por isso faço minha segunda tentativa. Qualidade não garanto, apenas a certeza de que, escrevendo, estou definitivamente fazendo o que preciso.