16.12.04

Against all odds

Nuvens negras no horizonte. O mês de novembro se aproximava e eu acabara de perder o emprego, estava acima do peso, sem companhia e desanimada com tudo. Um inferno astral tenebroso se anunciava pela frente. Medo.

(Não sou de acreditar em astrologia, mas quem nunca leu a previsão para seu signo no jornal que atire o primeiro comment.)

Mas eis que eis que. Tudo começou numa sexta-feira, quando a amiga Tequila convidou para ir a uma pizzaria ótima ao lado de sua casa. Pois bem(1), ficamos até altas tomando cerveja e dando muita risada.

Dia seguinte, depois do meu curso de planejamento de todo sábado, fui com a amiga Lu e seu filho a um restaurante delicioso, onde ficamos até umas 5 e tanto da tarde. Na mesma ocasião conheci a Aline, que me convidou para sair com ela e seu namorado naquela noite. Fomos a um bar latino, promessa de uma noite estranha, com pessoas que eu mal conhecia e música que não gostava.

Pois bem(2). Apareceu um senhor americano todo sociável que cismou de conversar comigo e me apresentar para o bar inteiro. Acabei dançando salsa com um monte de gente, conhecendo pessoas muito legais e yatta yatta yatta.

Domingo. Almoço de aniversário em Cotia de uma amiga muito querida em uma casa maravilhosa. Churrasco com amigos que adoro, cerveja e boa música.

Boa música? Depois do aniversário fui para o Tim Festival, ver Libertines. Further comments? Li na Isto é que ouve um princípio de incêndio durante o show – “pouco notado pelo público”. Aí é que o jornalista se engana, foi notado, sim, se é que você me entende.

Segunda-feira, programa obrigatório. Segundas Intenções no Hotel Cambridge. A questã é que não foi uma festa como as outras, pela primeira vez eu interagi com os habitués do local. Isto é, dancei fiz coreografias e até acabei puxando um daqueles trenzinhos de que a festa toda participa e sai dançando pela pista. E num antro dominado pela preferência sexual pelo mesmo sexo, rolou até uma paquera masculina. Foi memorável.

Na terça, um programa inédito. Fui ao Buena Vista fazer aula de salsa (!) com um instrutor que conheci no sábado. Divertido é pouco para descrever. Depois uma parada no Frans para encerrar a noite bem e em boa companhia.

Quarta, segue a saga. Rey Castro, salsa again, só para aprender direitinho. Na quinta não saí, mas aluguei uns filmes e recebi amigos em casa em turnos variados. Ainda não parei.

Sexta fiquei só nos preparativos da segunda parte da Luta Contra o Inferno Astral. Dessa vez, em outro cidade e estado. Rumando para o Rio!

15.12.04

Atrasilda

Tenho um texto para escrever aqui já faz mais de um mês, mas a vida de quem não trabalha é mais corrida do que se pensa. É sobre o inferno astral, que este ano me surpreendeu mostrando que as chamas não são tão quentes assim - ou será que são, e isso as faz tão boas?

Anyway, como não consigo dizer se o tal relato sai ou não sai e quando, vou colocar aqui um texto alheio que é meio que um testemunhal do período - pelo menos de um desses dias. Palavras da amiga Agnes.

A Hard Day’s Night

Para um dia perfeito,
o céu nublado,
gato no telhado.
Bits por segundo,
roda o disco,
pulsa o tempo.
Presilhinhas no cabelo,
Allstar nos dois pés.
O mundo paramos,
para passar um café.
Perfeito, o tempo.
Esse, o nosso.
Dez cigarros mais,
Libertines!

Para um dia perfeito,
bastam-me vagens à provençal,
e ter para quem deixar essas magras linhas.

Para a Ana, que vive em música.

9.12.04

Smallville

Eu é que sou bruta ou os palitos de fósforo estão vagabundos demais hoje em dia?

Mais um jogador de futebol morreu.

Não quero ficar fazendo piada sobre a tragédia alheia.

Mas estou começando a achar que o futebol é a antítese do vôlei. Por isso, se vocês querem ter uma vida longa e saudável, fiquem longe desse esporte.

rápido e rasteiro

vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.

aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida.

Chacal



Em homenagem à amiga Tequila, que tem sempre o palco sob seus pés; a seu namorido, que diz não gostar de pas-de-deux sem saber que há anos vem dançando junto com ela.

A todos que, como eu, aprenderam a dançar conforme o ritmo.

Porque a gente não tem motivos para comemorar, mas cantando, dançando, bebendo e se amando vamos vivendo.

Obrigada a todos que comemoram meu aniversário. Espero que quaisquer que sejam as tais mudanças que acompanham o 27º ano, elas não me afastem de vocês.

8.12.04

Aliens

Ok, Assis é a Freaklândia, então. Aceito.

Mas aqui em São Paulo é que está localizado o maior ponto de encontro bizarro que eu já presenciei. Duvida? Vá até o Terminal Barra Funda e veja por você mesmo. É de assustar.

Eu tenho um monte de outras coisas melhores para falar, mas não resisti. Depois de dar conta das urgências eu volto.