15.12.04

Atrasilda

Tenho um texto para escrever aqui já faz mais de um mês, mas a vida de quem não trabalha é mais corrida do que se pensa. É sobre o inferno astral, que este ano me surpreendeu mostrando que as chamas não são tão quentes assim - ou será que são, e isso as faz tão boas?

Anyway, como não consigo dizer se o tal relato sai ou não sai e quando, vou colocar aqui um texto alheio que é meio que um testemunhal do período - pelo menos de um desses dias. Palavras da amiga Agnes.

A Hard Day’s Night

Para um dia perfeito,
o céu nublado,
gato no telhado.
Bits por segundo,
roda o disco,
pulsa o tempo.
Presilhinhas no cabelo,
Allstar nos dois pés.
O mundo paramos,
para passar um café.
Perfeito, o tempo.
Esse, o nosso.
Dez cigarros mais,
Libertines!

Para um dia perfeito,
bastam-me vagens à provençal,
e ter para quem deixar essas magras linhas.

Para a Ana, que vive em música.

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