Antes de amaldiçoar a companhia aérea que extraviou sua bagagem, lembre-se que poderia ser pior. Voce poderia ser separada acidentalmente de seu cérebro na volta de uma viagem. Como eu sei?
- Acordei atrasada depois do feriado e tinha terapia cedinho. Sem querer pular o café da manhã, inventei uma estratégia: peguei uma garrafa de leite que continha só um restinho da bebida, misturei com chocolate e coloquei na bolsa. Embrulhei também um pedaço de pão e as habituais frutas.
No táxi, a caminho do consultório, fiquei com muita vontade dar um golinho no leite. Hum, bom… Será que vai mais um? Mas se o sinal abrir vou me lavar.
Acho que não vai dar tempo. Glup. Chuá.
Ok, a roupa da ginástica estava na bolsa, consegui me secar. Idiota.
Depois da terapia, fui caminhando para o trabalho e comecei a sentir a perna úmida. Olhei para cima, procurando goteira, mas era a minha bolsa que estava pingando.
A GARRAFA ABRIU LA DENTRO.
E não acabou. Embrulhei as roupas lactas numa sacola para tratar disso em casa. Mas não tive saco para fazer isso na mesma noite, estava muito cansada.
Resultado: as roupas emboloraram. Argh.
- A tal oficina de minicontos, para a qual me inscrevi e estava ansiosa para participar.
Me preparei, separei um caderninho, estojo com lápis, borracha, caneta.
Acordei cedinho no sábado e fui-me toda pimpã para fazer melhor uso das letrinhas.
Em cima da hora, como sempre, desci do táxi correndo e entrei no local, estranhando a falta de movimentação, pessoas, carros. É certo que estou atrasada, para variar.
Perguntei para o segurança se não havia alguém, alguma recepcionista para me atender. Apareceu uma moça, solícita, mas claramente estranhando a minha presença.
A oficina já começou? Estou atrasada? Vim para a oficina de minicontos!
- A oficina da semana que vem?
…
Agora vou ver se arranjo uma peruca para me disfarçar no próximo sábado.
…
Roupas você compra novas no shopping. Quero ver se virar sem cérebro.
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