Se vocês estiverem experimentando qualquer problema para atravessar a rua, esperem até que eu passe com meu táxi de manhã. É certo que, nessa ocasião, meu taxista vai parar e esperar todos vocês passarem, com toda calma do mundo. Afinal de contas, eu nunca estou atrasada e dinheiro não é problema.
Não me entendam mal, eu sou super a favor de se dar passagem aos pedestres. Eu sou pedestre, after all! Mas eu tenho o azar de pegar sempre esses caras que são mais que altruístas, são os últimos gentlemen das capitais. O de hoje parou NO MEIO do cruzamento, para que alguns velhinhos que estavam parados NA CALÇADA, desses que andam com bengala e tudo, a -3 km/h, passassem. E não foi só isso. Outras pessoas que inicialmente não estavam presentes mas foram chegando também puderam usufruir tamanha bondade. Foi praticamente uma parada comemorativa.
E isso não é uma reclamação a respeito de Porto Alegre. Em São Paulo acontecia a mesma coisa.
Úlcera.
24.2.05
17.2.05
Há! Eu sabia!
"Uma pesquisa inglesa, realizada com mais de mil e quinhentas mulheres que tomam pílula e mil trezentas e poucas que não tomam, demonstrou que as que tomam o anticoncepcional parecem ser mais seletivas em relação aos homens."
(Vi isso no blog da Rosana Hermann, Querido Leitor.)
Alguém aí se lembra do meu comentário pouco antes de vir para Porto Alegre?
(Vi isso no blog da Rosana Hermann, Querido Leitor.)
Alguém aí se lembra do meu comentário pouco antes de vir para Porto Alegre?
16.2.05
Tu fala português?
Acho que as piadas são sobre mim; no entanto, eu não consigo entender o que eles falam nem do que estão rindo. É foda.
TPM é foda.
Voltei a tomar pílula e a TPM veio junto. Estou trabalhando concentradíssima, mas se paro um pouquinho e presto atenção às músicas que estou ouvindo – Los Hermanos – o resultado são olhos úmidos.
Correndo o risco de ser redundante, TPM é foda.
Já que o período é de seca, acho que vou cortar de novo essa bosta de pílula.
Humpf.
Correndo o risco de ser redundante, TPM é foda.
Já que o período é de seca, acho que vou cortar de novo essa bosta de pílula.
Humpf.
14.2.05
Fome
A todo lugar que eu vou aqui em Porto Alegre parecem estar as mesmas pessoas. Já me disseram que o semi-anonimato nesta sociedade é impossível. Talita, sei que você estava acostumada com a fartura de São Paulo, então pode ir se preparando.
Temos um longo período de seca pela frente.
Temos um longo período de seca pela frente.
9.2.05
4.2.05
TAKE ME OUT
If you're lonely, you know I'm here waiting for you. I'm just a crosshair, just a shot away from you; but if you leave here, you leave me broken, shattered, I lie. We´re just a crosshair, just a shot, then we can die.
I know I won´t be leaving here with you.
I know I won´t be leaving here with you.
Dia de Sol
A pessoa que está me hospedando aqui em Porto Alegre tem que chegar bem cedo na agência. E eu venho junto com ela, já que não sei quase nada sobre a cidade ainda.
Juro que não tenho ido dormir tarde, na medida do possível. Mas mesmo assim, já são 11 horas da manhã e o organismo não entendeu que de nada adianta ficar nesse estado letárgico. É o terceiro dia consecutivo, pôxa! Sigo lutando contra meus próprios olhos, que pesam toneladas pela manhã.
Por esses motivos, acabei de tomar o primeiro café neste novo emprego. Foi bom. Pequenas coisas do dia-a-dia de uma agência que você nem imagina fazer qualquer diferença trazem sorrisos tímidos, quase internos, a alguém que passou cerca de três meses vendo a vida pela tv, acomodada em sofá bem confortável.
Arrumei a mesa, joguei fora antigos papéis que não me pertenciam, passei um pano para tirar a poeira, arrumei os rafiators embaixo do teclado. Perguntei se alguém precisava de rafiators, recebi olhares confusos como resposta, mas já imaginava.
Nem sempre a gente entende as expressões (lingüísticas e corporais) uns dos outros, e quando o humor está bom, isso pode ser bem legal.
Ontem não pude sair para almoçar, então pedi uma salada para comer aqui mesmo. Já era tarde e as pessoas estavam voltando do break. Ofereci a salada, perguntando se estavam servidos, e eles responderam em uníssono: “sim”. Achei estranho, esperei alguém se aproximar para aceitar, mas ninguém se mexeu. Cheguei à conclusão que “sim”, no caso, significava “não”. Foi engraçado.
Meu ritmo, em todos os sentidos, ainda não voltou ao normal. Aos poucos vou me acostumando. É ruim estar em um lugar onde ninguém conhece você. Ao mesmo tempo, é ótimo pensar na quantidade de pessoas que há para conhecer.
Mas, de tudo o que já me aconteceu desde que deixei São Paulo, o que mais me trouxe a sensação de trabalho foi aquele café. Quente, forte, posando ao lado do teclado, ele pôs fim a um período estranho da minha vida.
E, mesmo que um período ainda mais estranho comece, será uma nova história para contar.
Juro que não tenho ido dormir tarde, na medida do possível. Mas mesmo assim, já são 11 horas da manhã e o organismo não entendeu que de nada adianta ficar nesse estado letárgico. É o terceiro dia consecutivo, pôxa! Sigo lutando contra meus próprios olhos, que pesam toneladas pela manhã.
Por esses motivos, acabei de tomar o primeiro café neste novo emprego. Foi bom. Pequenas coisas do dia-a-dia de uma agência que você nem imagina fazer qualquer diferença trazem sorrisos tímidos, quase internos, a alguém que passou cerca de três meses vendo a vida pela tv, acomodada em sofá bem confortável.
Arrumei a mesa, joguei fora antigos papéis que não me pertenciam, passei um pano para tirar a poeira, arrumei os rafiators embaixo do teclado. Perguntei se alguém precisava de rafiators, recebi olhares confusos como resposta, mas já imaginava.
Nem sempre a gente entende as expressões (lingüísticas e corporais) uns dos outros, e quando o humor está bom, isso pode ser bem legal.
Ontem não pude sair para almoçar, então pedi uma salada para comer aqui mesmo. Já era tarde e as pessoas estavam voltando do break. Ofereci a salada, perguntando se estavam servidos, e eles responderam em uníssono: “sim”. Achei estranho, esperei alguém se aproximar para aceitar, mas ninguém se mexeu. Cheguei à conclusão que “sim”, no caso, significava “não”. Foi engraçado.
Meu ritmo, em todos os sentidos, ainda não voltou ao normal. Aos poucos vou me acostumando. É ruim estar em um lugar onde ninguém conhece você. Ao mesmo tempo, é ótimo pensar na quantidade de pessoas que há para conhecer.
Mas, de tudo o que já me aconteceu desde que deixei São Paulo, o que mais me trouxe a sensação de trabalho foi aquele café. Quente, forte, posando ao lado do teclado, ele pôs fim a um período estranho da minha vida.
E, mesmo que um período ainda mais estranho comece, será uma nova história para contar.
Roda Viva
Porto Alegre, agora. Mas já passou São Paulo, Rio de Janeiro, Assis, Guarapuava, Ilha do Mel, tantos portos... E amanhã vou para o Rio de novo sem nem ter contado as histórias que prometi. O tempo às vezes é curto demais. Mas não para encontrar quem a gente precisa.
Vanina, Marcelo & eu, novembro, Rio de Janeiro.
Vanina, Marcelo & eu, novembro, Rio de Janeiro.
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