O meu normal é ser atrasada.
Se não tem nada acontecendo, estou atrasada.
Se estou muito aflita ou chateada, me adianto.
Corro, faço tudo, não se vê um prato na pia.
Se estou muito feliz corro para manter a sensação.
Cada vez que chego cedo na agência me sinto vitoriosa.
O dia-a-dia é sempre uma batalha.
Quando estou muito atrasada, minha arma é o táxi.
Ele não me faz ganhar muito tempo, mas me inflige um castigo financeiro.
Quando trabalho até muito tarde, pego táxi.
E a empresa só me reembolsa se o taxista preencher todos os campos do recibo.
Valor, valor por extenso, percurso, códigos todos.
O problema é que muitos taxistas, descobri,
Não sabem escrever.
Os taxistas não sabem escrever.
Mas como eles passaram no exame?
E agora, quando ligo para a empresa de táxi, tenho que pedir que me mandem um taxista alfabetizado.
Isso é muito desconcertante.
Outro problema são os cintos de segurança que, quando existem, muitas vezes estão presos atrás dos bancos.
Não dá para usar e eu tenho vergonha de reclamar.
Daí fico torcendo para que nada aconteça.
Nada é melhor que muita, muita coisa.
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