Este é o original do Quintana:
Seiscentos e sessente e seis
A vida é um desses deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas: há tempo...
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, passaram sessenta anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio,
seguia sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Este é o mutante encontrado no site "Pensador", do UOL:
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Repare que nem mesmo o título foi preservado.
Enquanto a poesia com pedigree conta com a bagagem e a emoção do leitor para preencher as lacunas, a edição popular direciona a interpretação, facilitando a vida do leitor de ppt.
Acho linda essa cultura colaborativa que vivemos.
Mas sou xiita no que diz respeito às grandes obras.
Deixem meus amores em paz.
E brindem sua criatividade com a assinatura de seu próprio nome.
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