Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Não, não, isto não é verdade! Ele falava pelos cotovelos e sempre explicava tudo minuciosamente, o que me deixava extremamente irritada.
Incapaz de responder uma pergunta com um sim ou não, era indeciso até para escolher o que ia no recheio do sanduíche. Foi logo se encrencando com a moça da cantina, que demonstrava muito pouca paciência com ele.
Aliás, pouca paciência era o que eu tinha também. Como a gente se estranhou no começo
Eu achava que a qualquer momento voaria em seu pescoço para obrigá-lo a responder minhas perguntas em menos tempo. Logo percebi que ele não ia muito com minha cara também.
O que exatamente mudou e quando isso aconteceu, não consigo precisar. Mas sem que me desse conta estava confidenciando histórias para ele, almoçando junto, falando besteiras.
Acabamos nos entendendo como ninguém nos trabalhos. Nos tornamos uma dupla de verdade, daquelas que sabem o que se passa na cabeça do outro e que gostam de criar tudo junto. As madrugadas deixaram de ser um muro das lamentações e passaram a ser mais parecidas com um híbrido de Jackass e Saturday Night Live. Inauguramos as famosas Lex Nights, e suas imitações vão ficar para a história.
Talvez tenha sido o cabelo
Esse é um detalhe bastante importante, o cabelo dele é um dos mais bonitos que eu conheço. Apareceu com ele bem curtinho e, depois de muita insistência para que deixasse crescer (não sei se eu realmente fiz diferença nesse processo, mas gosto de pensar que sim), ficou repleto de cachinhos chuchus
É engraçado como se pode mudar tão radicalmente de opinião a respeito de uma pessoa. Sei que ele tem o mesmo questionamento, não esperava que seríamos tão próximos.
E é exatamente isso que faz tudo ser mais difícil. Desde que soube que ele partiria, fiquei com uma sensação estranha, uma angústia constante. Sei que devo ficar feliz por ele, é uma conquista, um lugar melhor. Mas vou perder tanto que nem conseguiria explicar.
Hoje é seu último dia aqui. Amanhã ele não vai estar sentado na minha frente balançando os cachinhos, sorrindo feito criança com alguma história para contar. Não subiremos juntos para assitir ao pôr do sol ou desabafar desaforos que ocasionalmente ouvimos. Nos momentos mais difíceis, não haverá aquela piada sem graça que me tira o fôlego de tanto rir, ou um carinho que espante a permanente sensação de estar sozinha.
Amanhã ele não vai estar aqui.
Meu amigo vai embora, e eu vou sentir muito a falta dele.
21.9.04
13.9.04
Angústia
Às vezes é tão mais confortável fazer coisas sem que se precise pensar
Fiquei um tempão mexendo no template do blog, inserindo links, mudando ordens, ajeitando aqui e ali
Agora terei que parar para fazer uma (01) frase, veja bem, que tem me causado dor de cabeça há dias. Eu disse dias.
E isso vai me dar muito mais trabalho que decodificar todas essas tags que usei no template.
Acho que é todo um problema relacionado à pressão relativa a cada atividade. Se você conhecesse o Leão que domina este território, entenderia minha angústia.
Eu, que sou no máximo uma gazela ou uma zebrinha aqui na savana, um semiágil suricate. Pobres de nós, presas fáceis.
Fiquei um tempão mexendo no template do blog, inserindo links, mudando ordens, ajeitando aqui e ali
Agora terei que parar para fazer uma (01) frase, veja bem, que tem me causado dor de cabeça há dias. Eu disse dias.
E isso vai me dar muito mais trabalho que decodificar todas essas tags que usei no template.
Acho que é todo um problema relacionado à pressão relativa a cada atividade. Se você conhecesse o Leão que domina este território, entenderia minha angústia.
Eu, que sou no máximo uma gazela ou uma zebrinha aqui na savana, um semiágil suricate. Pobres de nós, presas fáceis.
...
Incomoda o post com a foto do gato, preciso desabafar. Ele é teen demais para uma velhinha mal humorada como eu. Mas a semelhança é tão grande, quem conhece a Tommie pode confirmar. Encontrei a imagem em um folheto da Epson, e o título original era Não compre gato por lebre.
Chavão dos chavões. A Tommie merecia mais.
Chavão dos chavões. A Tommie merecia mais.
Chão de Giz
This is my new blogchalk:
Brazil, São Paulo, Vila Olímpia, Portuguese, English, Ana Succi, Female, 26-30. :)
Brazil, São Paulo, Vila Olímpia, Portuguese, English, Ana Succi, Female, 26-30. :)
3.9.04
2.9.04
Hoje deu saudade
Tinha o tempo
Que você sentia
E sentir
Era a forma mais sábia
De saber
E você nem sabia.
Alice Ruiz
Que você sentia
E sentir
Era a forma mais sábia
De saber
E você nem sabia.
Alice Ruiz
29.8.04
I wish I had a camera now
To picture these dizzy faces. Working on sunday nights must have such effects on people.
Never thought I'd see faces like there used to be on language course books.
Never thought I'd see faces like there used to be on language course books.
Elixir da Juventude
Se eu tivesse alguma iniciativa de colocar minhas idéias e planos em prática, começaria a jogar vôlei. Pois pelo que tenho notado nas últimas Olimpíadas, Mundiais e afins, os jogadores e o técnico não mudam nunca. E olha que desta vez eles ainda levaram o ouro! O tempo passa e eles vão melhorando...
É isso, gente, o segredo é jogar vôlei!
É isso, gente, o segredo é jogar vôlei!
Como reduzir todo o encanto de uma música a uma observação infeliz
"Retrato pra Iaiá é sobre um blind date?"
E-mails apócrifos
Eu não sou uma grande autoridade para falar de literatura, afinal li muito menos livros do que deveria nestes 20 anos. Mas vocês hão de convir que há certos estilos facilmente identificáveis. Se vissem, por exemplo, o trecho Bota a mão no joelho, dá uma abaixadinha, vai descendo gostoso, balançando a bundinha jamais acreditariam que é uma composição de Chico de Buarque de Hollanda.
Ok, foi um exemplo exagerado, mas a maioria desses textos que circulam na internet (grande parte creditada a Luis Fernando Veríssimo) não leva a assinatura do vedadeiro autor. O caso mais recente é um texto sobre o vocalista do L.S. Jack que entrou em coma após uma lipoaspiração, creditado a Hebert Viana. Uma amiga publicou o texto em seu blog Diário, mas nem tanto e iniciou-se uma discução sobre a autoria. Alguns leitores vieram prontamente esclarecer que a verdadeira autora era Rosana Hermann, em seu blog Querido Leitor. Outros discordaram, confiando no que viram escrito nos e-mails. No final, a dona do blog pesquisou e publicou a verdade, dando o crédito merecido a Hermann.
Em um outro blog, há uma declaração ótima sobre o assunto. A Alessandra, do Vida de Redatora, disse que seu sonho é ver um de seus textos espalhados pela net assinado por Luis Fernando Veríssimo. Meio que passou a ser o meu também.
Piadas a parte, não dá para entender o que leva uma pessoa a deliberadamente pegar um texto de que gosta, copiar, colar, excluir o autor e colocar outro nome na assinatura. Mas isso é tão comum que chegou a atingir o mundinho da propaganda, gerando confusão em um anúncio das Casas Bahia criado pela Bates. O texto utilizado na peça, cujo início era Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você, foi difundido na net com a assinatura de Drummond, quando na verdade fora produzido por Liliana Barabino, redatora da agência DPZ. A agência o havia usado em uma campanha institucional na época da Copa do Mundo de 2002.
Para utilizar o texto em sua campanha, a Bates consultou a família do poeta, que por sua vez descartou ser de Drummond a autoria. Os advogados da agência concluíram ser de domínio público e arriscaram. A DPZ, ao ver o anúncio veiculado, acusou a Bates de plágio, forçando a retirada do anúncio da mídia.
Particularmente, ao receber esse tipo de texto, desconfio de cara. Fico me perguntando como uma pessoa pode ser tão mal situada a ponto de achar que aquelas reflexões tão coloquiais e modernosas sejam mesmo de Mário Quintana ou Carlos Drummond. Só falta começarem a atribuir textos que falam de internet a poetas do século 19. Os desavisados ainda ficam comentando Você já recebeu este texto do Vinicius? Não é o máximo?
Não. Não é o máximo. Muito menos é do Vinicius. Acorde e vá ler um livro, criatura.
Ok, foi um exemplo exagerado, mas a maioria desses textos que circulam na internet (grande parte creditada a Luis Fernando Veríssimo) não leva a assinatura do vedadeiro autor. O caso mais recente é um texto sobre o vocalista do L.S. Jack que entrou em coma após uma lipoaspiração, creditado a Hebert Viana. Uma amiga publicou o texto em seu blog Diário, mas nem tanto e iniciou-se uma discução sobre a autoria. Alguns leitores vieram prontamente esclarecer que a verdadeira autora era Rosana Hermann, em seu blog Querido Leitor. Outros discordaram, confiando no que viram escrito nos e-mails. No final, a dona do blog pesquisou e publicou a verdade, dando o crédito merecido a Hermann.
Em um outro blog, há uma declaração ótima sobre o assunto. A Alessandra, do Vida de Redatora, disse que seu sonho é ver um de seus textos espalhados pela net assinado por Luis Fernando Veríssimo. Meio que passou a ser o meu também.
Piadas a parte, não dá para entender o que leva uma pessoa a deliberadamente pegar um texto de que gosta, copiar, colar, excluir o autor e colocar outro nome na assinatura. Mas isso é tão comum que chegou a atingir o mundinho da propaganda, gerando confusão em um anúncio das Casas Bahia criado pela Bates. O texto utilizado na peça, cujo início era Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você, foi difundido na net com a assinatura de Drummond, quando na verdade fora produzido por Liliana Barabino, redatora da agência DPZ. A agência o havia usado em uma campanha institucional na época da Copa do Mundo de 2002.
Para utilizar o texto em sua campanha, a Bates consultou a família do poeta, que por sua vez descartou ser de Drummond a autoria. Os advogados da agência concluíram ser de domínio público e arriscaram. A DPZ, ao ver o anúncio veiculado, acusou a Bates de plágio, forçando a retirada do anúncio da mídia.
Particularmente, ao receber esse tipo de texto, desconfio de cara. Fico me perguntando como uma pessoa pode ser tão mal situada a ponto de achar que aquelas reflexões tão coloquiais e modernosas sejam mesmo de Mário Quintana ou Carlos Drummond. Só falta começarem a atribuir textos que falam de internet a poetas do século 19. Os desavisados ainda ficam comentando Você já recebeu este texto do Vinicius? Não é o máximo?
Não. Não é o máximo. Muito menos é do Vinicius. Acorde e vá ler um livro, criatura.
27.8.04
Homenagem ao birthday boy
Love is sweet as summer showers,
Love is a wondrous work of art,
But your love oh your love, your love...
Is like a giant pigeon crapping on my heart.
Phoebe Buffay
Love is a wondrous work of art,
But your love oh your love, your love...
Is like a giant pigeon crapping on my heart.
Phoebe Buffay
South American Girl
Minha bolsa cheira a banana, meu gaveteiro cheira a banana, minha caixinha cheira a banana, minha vida cheira a banana.
Dietas têm seus efeitos colaterais Preciso arranjar uns sachês.
Dietas têm seus efeitos colaterais Preciso arranjar uns sachês.
19.8.04
Divulgação
Boa noite senhoras e senhores eu gostaria de pedir a sua atenção para falar de outro blog que vocês podem estar conhecendo e prestigiando também é da melhor qualidade vocês podem conferir a diversão é garantida tem fofoca tem veneno tem sacanagem para todos os gostos vejam só eu poderia estar roubando eu poderia estar matando mas ao invés disso estou aqui escrevendo tentando ganhar a vida honestamente e ajudar o pessoal lá em casa que conta com a minha divulgação e com a visita de vocês agradeço desde já a compreensão de todos vocês que shiva abençoe a todos swásthya.
nafogueira.blogspot.com
nafogueira.blogspot.com
20.7.04
Assim é, se me parece
Assim que quer, assim será,
Eu vou pra não voltar
Toma este anel, que é pra anular
O céu, o sol, o mar
Eu não queria ir assim
Tão triste, triste
Vem dizer adeus ao que restou de quem um dia foi feliz
Há de encontrar, um encantador
Um novo ou velho amor
Vai te levar, leve a vagar
Prum lar de fina-flor
E você vai ser mais feliz
Longe de mim. Por isso
Vou mas não me peça pra amar outra mulher que não você
Sei que seu fel, fenecerá
Em nome de nós dois
A chuva do céu, se encerrará
Pra ver nosso depois
Como vai ser ruim demais
Olhar o tempo ir sem
Ver os seus abraços, seus sorrisos ou suas rimas de amor
Eu vou pra não voltar
Toma este anel, que é pra anular
O céu, o sol, o mar
Eu não queria ir assim
Tão triste, triste
Vem dizer adeus ao que restou de quem um dia foi feliz
Há de encontrar, um encantador
Um novo ou velho amor
Vai te levar, leve a vagar
Prum lar de fina-flor
E você vai ser mais feliz
Longe de mim. Por isso
Vou mas não me peça pra amar outra mulher que não você
Sei que seu fel, fenecerá
Em nome de nós dois
A chuva do céu, se encerrará
Pra ver nosso depois
Como vai ser ruim demais
Olhar o tempo ir sem
Ver os seus abraços, seus sorrisos ou suas rimas de amor
19.7.04
Were going to see the Wizard
Eu não tenho coração, coragem ou cérebro.
Estou longe de casa e às vezes ajo como uma bruxa.
Eu sou O Mágico de Oz!
Estou longe de casa e às vezes ajo como uma bruxa.
Eu sou O Mágico de Oz!
7.7.04
Diálogos musicais
- E aí, tá namorando?
(Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor)
- Não, tô sem tempo
(Hoje eu tenho apenas uma pedra no meu peito
Exijo respeito, não sou mais um sonhador
Chego a mudar de calçada quando aparece uma flor
E dou risada do grande amor)
- Não, tô sem tempo
1.7.04
Festival de Redondilhas - II
Sua baixa auto-estima
Já cansou, não percebeu?
Cada um tem seus problemas
Você não é um dos meus
Já fui morta há muito tempo
Por alguém como você
Não caio nessa conversa
Pode até pagar pra ver
Se acha tão diferente
Mas não vê que é só mais um
Essa angústia adolescente
Hoje em dia é tão comum
Vá olhar pela janela
Vê se tenta entender
Se você vive ou se morre
Não importa a ninguém.
Já cansou, não percebeu?
Cada um tem seus problemas
Você não é um dos meus
Já fui morta há muito tempo
Por alguém como você
Não caio nessa conversa
Pode até pagar pra ver
Se acha tão diferente
Mas não vê que é só mais um
Essa angústia adolescente
Hoje em dia é tão comum
Vá olhar pela janela
Vê se tenta entender
Se você vive ou se morre
Não importa a ninguém.
Assinar:
Postagens (Atom)