11.4.08
6.2.08
Holiday at Heartbreak Hotel
Now since my baby left me I've found a new place to dwell:
down at the end of Lonely Street at Heartbreak Hotel.
I'm so lonely, I'm so lonely,
I'm so lonely that I could die.
And though it's always crowded you can still find some room
for broken hearted lovers to cry there in the gloom
and be so lonely, oh so lonely,
oh so lonely they could die.
The bell hop's tears keep flowing, the desk clerk's dressed in black.
They been so long on Lonely Street they never will go back
and they're so lonely, oh they're so lonely,
they're so lonely they pray to die.
So if your baby leaves and you have a tale to tell
just take a walk down Lonely Street to Heartbreak Hotel
where you'll be lonely and I'll be lonely,
we'll be so lonely that we could die.
down at the end of Lonely Street at Heartbreak Hotel.
I'm so lonely, I'm so lonely,
I'm so lonely that I could die.
And though it's always crowded you can still find some room
for broken hearted lovers to cry there in the gloom
and be so lonely, oh so lonely,
oh so lonely they could die.
The bell hop's tears keep flowing, the desk clerk's dressed in black.
They been so long on Lonely Street they never will go back
and they're so lonely, oh they're so lonely,
they're so lonely they pray to die.
So if your baby leaves and you have a tale to tell
just take a walk down Lonely Street to Heartbreak Hotel
where you'll be lonely and I'll be lonely,
we'll be so lonely that we could die.
Espelho Mágico
Citações do vizinho Quintana para uma boa volta do carnaval.
DAS ILUSÕES
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
DO EXERCÍCIO DA FILOSOFIA
Como o burrico mourejando à nora,
A mente humana sempre as mesmas volta dá...
Tolice alguma nos ocorrerá
Que não a tenha dito um sábio grego outrora...
DAS IDÉIAS
Qualquer idéia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua!
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua...
DA REALIDADE
O sumo bem só no ideal perdura...
Ah! Quanta vez a vida nos revela
Que "a saudade da amada criatura"
É bem melhor do que a presença dela...
DA PREGUIÇA
Suave preguiça, que do mau-querer
E de tolices mil ao abrigo nos pões...
Por causa tua, quantas más ações
Deixei de cometer!
DO OVO DE COLOMBO
Nos acontecimentos, sim, é que há destino:
Nos homens, não - espuma de um segundo...
Se Colombo morresse em pequenino,
O Neves descobria o Novo Mundo!
DA CALÚNIA
Sorri com tranquilidade
Quando alguém te calunia.
Quem sabe o que não seria
Se ele dissesse a verdade...
DAS ILUSÕES
Meu saco de ilusões, bem cheio tive-o.
Com ele ia subindo a ladeira da vida.
E, no entretanto, após cada ilusão perdida...
Que extraordinária sensação de alívio!
DO EXERCÍCIO DA FILOSOFIA
Como o burrico mourejando à nora,
A mente humana sempre as mesmas volta dá...
Tolice alguma nos ocorrerá
Que não a tenha dito um sábio grego outrora...
DAS IDÉIAS
Qualquer idéia que te agrade,
Por isso mesmo... é tua!
O autor nada mais fez que vestir a verdade
Que dentro em ti se achava inteiramente nua...
DA REALIDADE
O sumo bem só no ideal perdura...
Ah! Quanta vez a vida nos revela
Que "a saudade da amada criatura"
É bem melhor do que a presença dela...
DA PREGUIÇA
Suave preguiça, que do mau-querer
E de tolices mil ao abrigo nos pões...
Por causa tua, quantas más ações
Deixei de cometer!
DO OVO DE COLOMBO
Nos acontecimentos, sim, é que há destino:
Nos homens, não - espuma de um segundo...
Se Colombo morresse em pequenino,
O Neves descobria o Novo Mundo!
DA CALÚNIA
Sorri com tranquilidade
Quando alguém te calunia.
Quem sabe o que não seria
Se ele dissesse a verdade...
4.2.08
Rivotril
O sol, pontual, não demora a se levantar.
A cama, ceia de sonhos ruins, se diverte a nos expulsar.
Ele não exatamente se deitou.
O sono o pegou no sofá.
A luz bate de leve, querendo entrar.
A vida real os dentes já está a mostrar.
O relógio não despertou.
Ele ainda a dormir no sofá.
A procissão prossegue pelo rio, pela rua, pelo ar.
Navegantes a pedir, a agredecer, a proclamar.
Tanta gente se emocionou.
E ele a dormir no sofá.
A banda, as marchas, o bloco a passar.
Feias fantasias a nos envergonhar.
A escola na tv desfilou.
E ele a dormir no sofá.
Um cano estourou no sexto andar.
Tudo abaixo vai alagar.
O zelador nossa água cortou.
E ele a dormir no sofá.
Eu já planejei, já calculei, já sangrei,
Já chorei por ciúmes, por medo e por dor.
Já tomei café, cortei a unha do pé.
Pesquisei uma doença, conferi umas ações,
Pensei no sentido da vida, fiz resoluções.
Me senti gorda, não tão gorda, fútil, inculta.
Já descobri que só a mim pertence toda culpa.
Ele, alheio, tem um leve sorriso nos lábios.
E segue a dormir no sofá.
A cama, ceia de sonhos ruins, se diverte a nos expulsar.
Ele não exatamente se deitou.
O sono o pegou no sofá.
A luz bate de leve, querendo entrar.
A vida real os dentes já está a mostrar.
O relógio não despertou.
Ele ainda a dormir no sofá.
A procissão prossegue pelo rio, pela rua, pelo ar.
Navegantes a pedir, a agredecer, a proclamar.
Tanta gente se emocionou.
E ele a dormir no sofá.
A banda, as marchas, o bloco a passar.
Feias fantasias a nos envergonhar.
A escola na tv desfilou.
E ele a dormir no sofá.
Um cano estourou no sexto andar.
Tudo abaixo vai alagar.
O zelador nossa água cortou.
E ele a dormir no sofá.
Eu já planejei, já calculei, já sangrei,
Já chorei por ciúmes, por medo e por dor.
Já tomei café, cortei a unha do pé.
Pesquisei uma doença, conferi umas ações,
Pensei no sentido da vida, fiz resoluções.
Me senti gorda, não tão gorda, fútil, inculta.
Já descobri que só a mim pertence toda culpa.
Ele, alheio, tem um leve sorriso nos lábios.
E segue a dormir no sofá.
Tell me more, tell me more
Oi.
Como não apareço aqui desde o ano passado, quero seguir a etiqueta e deixar uma saudação de ano novo. Lá vai.
Desejo que 2008 traga mais notícias boas que ruins.
Desejo menos ilusão e mais realização.
Desejo que possamos mudar o que não nos sirva mais.
Desejo que possamos aceitar o que não nos define.
Pois a limpeza começa por dentro.
Mas o pó se deita sobre os móveis, a gente queira ou não.
Boas frutas a todos.
E que o verão continue a tratar a gente bem.
Como não apareço aqui desde o ano passado, quero seguir a etiqueta e deixar uma saudação de ano novo. Lá vai.
Desejo que 2008 traga mais notícias boas que ruins.
Desejo menos ilusão e mais realização.
Desejo que possamos mudar o que não nos sirva mais.
Desejo que possamos aceitar o que não nos define.
Pois a limpeza começa por dentro.
Mas o pó se deita sobre os móveis, a gente queira ou não.
Boas frutas a todos.
E que o verão continue a tratar a gente bem.
6.11.07
E a terapia acabou pra mim
Ninguém vai me dizer o que sentir
Meu coração está desperto
É sereno o nosso amor
E santo este lugar
Dos tempos de tristeza
Tive o tanto que era bom
Eu tive o teu veneno
E o sopro leve do luar
Porque foi calma a tempestade
E tua lembrança, a estrela a me guiar
Da alfazema fiz um bordado
Vem, meu amor, é hora de acordar
Tenho anis, tenho hortelã
Tenho um cesto de flores
Eu tenho um jardim e uma canção
Vivo feliz, tenho amor
Eu tenho um desejo e um coração
Tenho coragem e sei quem eu sou
Eu tenho um segredo e uma oração
Vê que a minha força é quase santa
Como foi santo o meu penar
Pecado é provocar desejo e depois renunciar
Estive cansado
Meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado
Minha vaidade me deixou cansado
Não falo pelos outros
Só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir
Tenho jasmim, tenho hortelã
Eu tenho um anjo, eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece
E preparei erva-cidreira no café da manhã
Ninguém vai me dizer o que sentir
E eu vou cantar uma canção pra mim
(Renato Russo)
Meu coração está desperto
É sereno o nosso amor
E santo este lugar
Dos tempos de tristeza
Tive o tanto que era bom
Eu tive o teu veneno
E o sopro leve do luar
Porque foi calma a tempestade
E tua lembrança, a estrela a me guiar
Da alfazema fiz um bordado
Vem, meu amor, é hora de acordar
Tenho anis, tenho hortelã
Tenho um cesto de flores
Eu tenho um jardim e uma canção
Vivo feliz, tenho amor
Eu tenho um desejo e um coração
Tenho coragem e sei quem eu sou
Eu tenho um segredo e uma oração
Vê que a minha força é quase santa
Como foi santo o meu penar
Pecado é provocar desejo e depois renunciar
Estive cansado
Meu orgulho me deixou cansado
Meu egoísmo me deixou cansado
Minha vaidade me deixou cansado
Não falo pelos outros
Só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir
Tenho jasmim, tenho hortelã
Eu tenho um anjo, eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece
E preparei erva-cidreira no café da manhã
Ninguém vai me dizer o que sentir
E eu vou cantar uma canção pra mim
(Renato Russo)
17.10.07
Ópera do Malandro
Até um cuspe na cara pode lembrar Chico.
"Os homens cantam:
Eu te adivinhava
E te cobiçava
E te arrematava em leilão
Te ferrava a boca, morena
Se eu fosse o teu patrão
Ai, eu te tratava
Como uma escrava
Ai, eu não te dava perdão
Te rasgava a roupa, morena
Se eu fosse o teu patrão
Eu te encarcerava
Te acorrentava
Te atava ao pé do fogão
Não te dava sopa, morena
Se eu fosse o teu patrão
Eu te encurralava
Te dominava
Te violava no chão
Te deixava rota, morena
Se eu fosse o teu patrão
Quando tu quebrava
E tu desmontava
E tu não prestava mais, não
Eu comprava outra morena
Se eu fosse o teu patrão
As mulheres cantam:
Pois eu te pagava direito
Soldo de cidadão
Punha uma medalha em teu peito
Se eu fosse o teu patrão
O tempo passava sereno
E sem reclamação
Tu nem reparava, moreno
Na tua maldição
E tu só pegava veneno
Beijando a minha mão
Ódio te brotava, moreno
Ódio do teu irmão
Teu filho pegava gangrena
Raiva, peste e sezão
Cólera na tua morena
E tu não chiava não
Eu te dava café pequeno
E manteiga no pão
Depois te afagava, moreno
Como se afaga um cão
Eu sempre te dava esperança
De um futuro bão
Tu me idolatrava, criança
Se eu fosse o teu patrão"
"Os homens cantam:
Eu te adivinhava
E te cobiçava
E te arrematava em leilão
Te ferrava a boca, morena
Se eu fosse o teu patrão
Ai, eu te tratava
Como uma escrava
Ai, eu não te dava perdão
Te rasgava a roupa, morena
Se eu fosse o teu patrão
Eu te encarcerava
Te acorrentava
Te atava ao pé do fogão
Não te dava sopa, morena
Se eu fosse o teu patrão
Eu te encurralava
Te dominava
Te violava no chão
Te deixava rota, morena
Se eu fosse o teu patrão
Quando tu quebrava
E tu desmontava
E tu não prestava mais, não
Eu comprava outra morena
Se eu fosse o teu patrão
As mulheres cantam:
Pois eu te pagava direito
Soldo de cidadão
Punha uma medalha em teu peito
Se eu fosse o teu patrão
O tempo passava sereno
E sem reclamação
Tu nem reparava, moreno
Na tua maldição
E tu só pegava veneno
Beijando a minha mão
Ódio te brotava, moreno
Ódio do teu irmão
Teu filho pegava gangrena
Raiva, peste e sezão
Cólera na tua morena
E tu não chiava não
Eu te dava café pequeno
E manteiga no pão
Depois te afagava, moreno
Como se afaga um cão
Eu sempre te dava esperança
De um futuro bão
Tu me idolatrava, criança
Se eu fosse o teu patrão"
6.10.07
5.10.07
Pi pi pi pi
Às quintas a programação da TV é muito intensa..., além disso, eu trouxe trabalho pra casa.
Não sobrou muito tempo.
Mas lembrei de dizer que cheguei à conclusão de que a diversão dos motoristas de lotação daqui de poa é frear bruscamente para ver os passageiros tropeçarem e se atrapalhar na hora de chegar à saída do veículo.
Só pode ser.
Não sobrou muito tempo.
Mas lembrei de dizer que cheguei à conclusão de que a diversão dos motoristas de lotação daqui de poa é frear bruscamente para ver os passageiros tropeçarem e se atrapalhar na hora de chegar à saída do veículo.
Só pode ser.
3.10.07
Tempo
O meu normal é ser atrasada.
Se não tem nada acontecendo, estou atrasada.
Se estou muito aflita ou chateada, me adianto.
Corro, faço tudo, não se vê um prato na pia.
Se estou muito feliz corro para manter a sensação.
Cada vez que chego cedo na agência me sinto vitoriosa.
O dia-a-dia é sempre uma batalha.
Quando estou muito atrasada, minha arma é o táxi.
Ele não me faz ganhar muito tempo, mas me inflige um castigo financeiro.
Quando trabalho até muito tarde, pego táxi.
E a empresa só me reembolsa se o taxista preencher todos os campos do recibo.
Valor, valor por extenso, percurso, códigos todos.
O problema é que muitos taxistas, descobri,
Não sabem escrever.
Os taxistas não sabem escrever.
Mas como eles passaram no exame?
E agora, quando ligo para a empresa de táxi, tenho que pedir que me mandem um taxista alfabetizado.
Isso é muito desconcertante.
Outro problema são os cintos de segurança que, quando existem, muitas vezes estão presos atrás dos bancos.
Não dá para usar e eu tenho vergonha de reclamar.
Daí fico torcendo para que nada aconteça.
Nada é melhor que muita, muita coisa.
Se não tem nada acontecendo, estou atrasada.
Se estou muito aflita ou chateada, me adianto.
Corro, faço tudo, não se vê um prato na pia.
Se estou muito feliz corro para manter a sensação.
Cada vez que chego cedo na agência me sinto vitoriosa.
O dia-a-dia é sempre uma batalha.
Quando estou muito atrasada, minha arma é o táxi.
Ele não me faz ganhar muito tempo, mas me inflige um castigo financeiro.
Quando trabalho até muito tarde, pego táxi.
E a empresa só me reembolsa se o taxista preencher todos os campos do recibo.
Valor, valor por extenso, percurso, códigos todos.
O problema é que muitos taxistas, descobri,
Não sabem escrever.
Os taxistas não sabem escrever.
Mas como eles passaram no exame?
E agora, quando ligo para a empresa de táxi, tenho que pedir que me mandem um taxista alfabetizado.
Isso é muito desconcertante.
Outro problema são os cintos de segurança que, quando existem, muitas vezes estão presos atrás dos bancos.
Não dá para usar e eu tenho vergonha de reclamar.
Daí fico torcendo para que nada aconteça.
Nada é melhor que muita, muita coisa.
Independência
Onde é que você tá?
Por onde é que você anda?
Aonde você vai enquanto some?
Por que seu telefone não atende?
Por que eu fico sempre sem notícias?
Por que é que estou sempre a aguardar?
Já deixei tanta gente me esperando
Será que minha sina é te esperar?
Por que cuidando de você fico doente?
Por que sua independência anula a minha?
Você passa a noite em pé
Quem acorda cansada sou eu.
Eu preparo muitas surpresas
Mas o susto é sempre meu.
Eu sei que não preciso de ninguém, e nem você.
Tudo o que preciso é saber que cê tá bem.
Fica bem, meu amor.
Pois eu preciso ficar também.
Por onde é que você anda?
Aonde você vai enquanto some?
Por que seu telefone não atende?
Por que eu fico sempre sem notícias?
Por que é que estou sempre a aguardar?
Já deixei tanta gente me esperando
Será que minha sina é te esperar?
Por que cuidando de você fico doente?
Por que sua independência anula a minha?
Você passa a noite em pé
Quem acorda cansada sou eu.
Eu preparo muitas surpresas
Mas o susto é sempre meu.
Eu sei que não preciso de ninguém, e nem você.
Tudo o que preciso é saber que cê tá bem.
Fica bem, meu amor.
Pois eu preciso ficar também.
Leminski de novo
"Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"
(Paulo Leminski)
...
Esse negócio de escrever é esquisito.
Pode ser profissão,
Pode ser desabafo, passatempo.
Pode ser aspiração.
Pode ser arte.
Pode ser terapia.
Muitos blogs por aí são tentativas de terapia em grupo,
muitos leitores de blog vagam pela rede em busca de identificação.
E encontram, claro, pois os problemas são basicamente os mesmos.
As musas são poucas.
As circunstâncias não são tão variadas, também.
Todas as canções são de amor.
Perdido, encontrado, sonhado, negado.
Os cigarros não são mais suficientes.
Hoje eu tenho um remedinho que aos meios toda noite me acolhe.
Mas a minha vida não alardeia um sentido, se é que alguma o faz.
Eu chego em casa e não sei o que fazer.
A TV também não dá mais conta.
É quase tudo muito igual, e preciso me esforçar para focar minha atenção.
Em uma semana vil, sete livros me resgataram,
assuntos difíceis, raciocínios complicados.
Fuga.
Todo mundo foge.
Álcool, baladas, drogas, TV ou livros.
Qualquer coisa para parar de pensar.
Olhar para dentro é importante, mas é muito cansativo.
Escrever é olhar para dentro, eu sinto,
mas sempre se acaba manipulando os assuntos que afloram.
Por isso escrever às vezes dói.
Dói encarar, dói manipular, dói recriar.
Recriar é admitir o desejo por uma outra realidade.
A não ser que isso seja apenas diversão.
Mas esse é um outro tipo de escritor.
Ou alguém em um outro momento.
Eu escrevo por profissão,
mas minha profissão é vender.
E isso tira o valor do meu texto.
Eu me sinto vazia.
Minha expectativa é muito alta.
Minha cobrança é pior.
Meu conteúdo nunca está à altura.
Mas eu preciso me tratar.
Eu preciso escrever sem tema, sem prazo, sem verba.
Sem pauta, sem dupla, sem produto.
Meu produto sou eu, e eu não quero me vender.
Ninguém tem nada com isso,
mas eu preciso escrever.
Preciso falar do táxi, do almoço, da terapia.
Do cheiro de alecrim que saindo do forno faz a alegria do meu fim de semana.
Da falta que eu sinto de ter um gato.
Da culpa que eu sentiria em trancar um gato num apartamento.
Da tristeza de ver tudo errado em todo lugar.
Dos momentos angustiantes da solidão de não fazer parte de nada.
Dos momentos prazerozos da solidão de não ter que agradar a ninguém.
Às vezes fica mais difícil, mas é tão mais difícil para tanta gente.
Mas assim é que é.
E é isso que preciso tirar de mim.
E é este o meu espaço. Pois não sei mais escrever à mão, parece.
E se alguma coisa interessante aparecer no meio da bobagem, legal.
Se não, paciência. Esse não é meu objetivo.
Poderia escrever a noite inteira, mas chega.
Quero tentar outra coisa.
Quero relaxar.
E seguir escrevendo e procurando com calma.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"
(Paulo Leminski)
...
Esse negócio de escrever é esquisito.
Pode ser profissão,
Pode ser desabafo, passatempo.
Pode ser aspiração.
Pode ser arte.
Pode ser terapia.
Muitos blogs por aí são tentativas de terapia em grupo,
muitos leitores de blog vagam pela rede em busca de identificação.
E encontram, claro, pois os problemas são basicamente os mesmos.
As musas são poucas.
As circunstâncias não são tão variadas, também.
Todas as canções são de amor.
Perdido, encontrado, sonhado, negado.
Os cigarros não são mais suficientes.
Hoje eu tenho um remedinho que aos meios toda noite me acolhe.
Mas a minha vida não alardeia um sentido, se é que alguma o faz.
Eu chego em casa e não sei o que fazer.
A TV também não dá mais conta.
É quase tudo muito igual, e preciso me esforçar para focar minha atenção.
Em uma semana vil, sete livros me resgataram,
assuntos difíceis, raciocínios complicados.
Fuga.
Todo mundo foge.
Álcool, baladas, drogas, TV ou livros.
Qualquer coisa para parar de pensar.
Olhar para dentro é importante, mas é muito cansativo.
Escrever é olhar para dentro, eu sinto,
mas sempre se acaba manipulando os assuntos que afloram.
Por isso escrever às vezes dói.
Dói encarar, dói manipular, dói recriar.
Recriar é admitir o desejo por uma outra realidade.
A não ser que isso seja apenas diversão.
Mas esse é um outro tipo de escritor.
Ou alguém em um outro momento.
Eu escrevo por profissão,
mas minha profissão é vender.
E isso tira o valor do meu texto.
Eu me sinto vazia.
Minha expectativa é muito alta.
Minha cobrança é pior.
Meu conteúdo nunca está à altura.
Mas eu preciso me tratar.
Eu preciso escrever sem tema, sem prazo, sem verba.
Sem pauta, sem dupla, sem produto.
Meu produto sou eu, e eu não quero me vender.
Ninguém tem nada com isso,
mas eu preciso escrever.
Preciso falar do táxi, do almoço, da terapia.
Do cheiro de alecrim que saindo do forno faz a alegria do meu fim de semana.
Da falta que eu sinto de ter um gato.
Da culpa que eu sentiria em trancar um gato num apartamento.
Da tristeza de ver tudo errado em todo lugar.
Dos momentos angustiantes da solidão de não fazer parte de nada.
Dos momentos prazerozos da solidão de não ter que agradar a ninguém.
Às vezes fica mais difícil, mas é tão mais difícil para tanta gente.
Mas assim é que é.
E é isso que preciso tirar de mim.
E é este o meu espaço. Pois não sei mais escrever à mão, parece.
E se alguma coisa interessante aparecer no meio da bobagem, legal.
Se não, paciência. Esse não é meu objetivo.
Poderia escrever a noite inteira, mas chega.
Quero tentar outra coisa.
Quero relaxar.
E seguir escrevendo e procurando com calma.
31.7.07
Monthly News
Você falou que eu chorei na hora errada
Fiquei soluçando ali sem entender nada
Como é que eu poderia saber
Que precisa marcar hora pra sofrer
Domingo às 19 não tá bom pra você?
Fiquei soluçando ali sem entender nada
Como é que eu poderia saber
Que precisa marcar hora pra sofrer
Domingo às 19 não tá bom pra você?
3.7.07
Reciclagem de óleo de cozinha - atenção pessoal da fritura!
A prefeitura de Porto Alegre lançou o Projeto de Reciclagem de Óleo de Fritura. A população poderá entregar o óleo, acondicionado em garrafa plástica ou recipiente de vidro, em um dos 24 postos do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU).
A cada litro de óleo que deixamos de despejar, evitamos poluir um milhão de litros de água. Com o óleo reciclado é possível produzir sabão, detergente, resina para tintas, glicerina, biodiesel e ração para animais.
Importante lembrar: quem não tem condições de levar até os pontos de coleta deverá colocar o óleo em uma garrafa de plástico e deixar junto com o lixo seco – assim será destinados aos locais corretos.
GASÔMETRO - Avenida Mauá, 158
REPÚBLICA - Rua da República, 711
CONCEIÇÃO - Rua Alberto Bins, sob a elevada da Conceição
CÂNCIO GOMES - Travessa Carmem, 111
PEREIRA FRANCO - Rua Pereira Franco, 135
HUMAITÁ - Rua José Aluísio Filho, 780
IAPI - Avenida Assis Brasil, 1715
SILVA SÓ - Avenida Silva Só, sob a elevada Tiradentes
NORDESTE - Rua Dom Jaime de Barros Câmara, 815
PORTO SECO - Avenida Plínio Kroeff, 752
CAR NORTE - Avenida Bernardino S. Amorim esq. Pastoriza
VISCONDE - Rua Visconde do Herval, 945
TENENTE ALPOIM - Rua José L. R. Sobral, 958
FREITAS DE CASTRO - Rua Prof. Freitas de Castro, 95
LOMBA DO PINHEIRO - Estr. Afonso L. Mariante, 4401
FÁTIMA - Rua Alfredo Ferreira Rodrigues, 975
CAVALHADA - Avenida Otto Niemeyer, 3206
IPANEMA - Avenida Guaíba, 2027
CRUZEIRO NITEROI - Rua Niterói, 19
CRUZEIRO - Avenida Tronco, 528
RESTINGA - Rua Rubens Torelli, 50
ORLA BELÉM NOVO - Rua Desembargador Melo Guimarães, 12
LAMI - Avenida Guaíba, ao lado do Dmae - Lami
COLETA SELETIVA - Avenida Wenceslau Escobar, 1980
A cada litro de óleo que deixamos de despejar, evitamos poluir um milhão de litros de água. Com o óleo reciclado é possível produzir sabão, detergente, resina para tintas, glicerina, biodiesel e ração para animais.
Importante lembrar: quem não tem condições de levar até os pontos de coleta deverá colocar o óleo em uma garrafa de plástico e deixar junto com o lixo seco – assim será destinados aos locais corretos.
GASÔMETRO - Avenida Mauá, 158
REPÚBLICA - Rua da República, 711
CONCEIÇÃO - Rua Alberto Bins, sob a elevada da Conceição
CÂNCIO GOMES - Travessa Carmem, 111
PEREIRA FRANCO - Rua Pereira Franco, 135
HUMAITÁ - Rua José Aluísio Filho, 780
IAPI - Avenida Assis Brasil, 1715
SILVA SÓ - Avenida Silva Só, sob a elevada Tiradentes
NORDESTE - Rua Dom Jaime de Barros Câmara, 815
PORTO SECO - Avenida Plínio Kroeff, 752
CAR NORTE - Avenida Bernardino S. Amorim esq. Pastoriza
VISCONDE - Rua Visconde do Herval, 945
TENENTE ALPOIM - Rua José L. R. Sobral, 958
FREITAS DE CASTRO - Rua Prof. Freitas de Castro, 95
LOMBA DO PINHEIRO - Estr. Afonso L. Mariante, 4401
FÁTIMA - Rua Alfredo Ferreira Rodrigues, 975
CAVALHADA - Avenida Otto Niemeyer, 3206
IPANEMA - Avenida Guaíba, 2027
CRUZEIRO NITEROI - Rua Niterói, 19
CRUZEIRO - Avenida Tronco, 528
RESTINGA - Rua Rubens Torelli, 50
ORLA BELÉM NOVO - Rua Desembargador Melo Guimarães, 12
LAMI - Avenida Guaíba, ao lado do Dmae - Lami
COLETA SELETIVA - Avenida Wenceslau Escobar, 1980
28.6.07
22.6.07
Chickens
Aiaiai, os clientes adoram consumer generated content, né?
Ah, muito legal, esse lance é assim, interativo, né?
Porque o pessoal tem que querer entrar no site e participar, tem que ser divertido!
Chamar atenção!!!
Mas peraí, tem que aparecer o produto, cadê o foco no produto?
Não, TEM QUE SER concurso cultural, registrar promoção na caixa leva muito tempo.
(sei, sei - tempo = dinheiro)
Hum, veja bem, temos que restringir essas mecânicas, não podemos dar espaço para respostas / fotos / textos obscenos e malucos.
Aiaiai, consumer generated content é o que há!
Gente sem bolas.
Ah, muito legal, esse lance é assim, interativo, né?
Porque o pessoal tem que querer entrar no site e participar, tem que ser divertido!
Chamar atenção!!!
Mas peraí, tem que aparecer o produto, cadê o foco no produto?
Não, TEM QUE SER concurso cultural, registrar promoção na caixa leva muito tempo.
(sei, sei - tempo = dinheiro)
Hum, veja bem, temos que restringir essas mecânicas, não podemos dar espaço para respostas / fotos / textos obscenos e malucos.
Aiaiai, consumer generated content é o que há!
Gente sem bolas.
O jogo da associação
- Muito bem. Agora relaxem, concentrem-se e atinjam o nirvana.
- Mas, Mestre... Ainda não estou pronto para alcançar a iluminação...
(Monodiálogo-piada proferido pelo meu professor de Yoga ao final da aula, antes do relaxamento.)
E eu, que havia assitido a "Sidarta" há poucos dias, achei engraçado mas fiquei pensando em excremento de pássaros.
- Mas, Mestre... Ainda não estou pronto para alcançar a iluminação...
(Monodiálogo-piada proferido pelo meu professor de Yoga ao final da aula, antes do relaxamento.)
E eu, que havia assitido a "Sidarta" há poucos dias, achei engraçado mas fiquei pensando em excremento de pássaros.
Opções
Entre sofrer e produzir muito ou nunca mais escrever uma linha (que preste) e ser feliz, escolho ser feliz.
Entre dietar, ficar magra e ter uma bela figura ou comer o que se gosta quando dá vontade e ser feliz, escolho ser feliz.
Entre ter dinheiro, gadgets e consumir muito ou ter prazer com o que se realmente gosta e ser feliz, ainda que a primeira opção não me tenha sido realmente oferecida, escolho ser feliz.
O problema é que ser feliz não tá ali na esquina.
Diria que ela mora nos destroços de um barco que vêm e vão com a maré.
Entre dietar, ficar magra e ter uma bela figura ou comer o que se gosta quando dá vontade e ser feliz, escolho ser feliz.
Entre ter dinheiro, gadgets e consumir muito ou ter prazer com o que se realmente gosta e ser feliz, ainda que a primeira opção não me tenha sido realmente oferecida, escolho ser feliz.
O problema é que ser feliz não tá ali na esquina.
Diria que ela mora nos destroços de um barco que vêm e vão com a maré.
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