Eu não sei exatamente o que acontece, mas.
Aqui onde eu trabalho, com uma freqüência maior do que eu gostaria, iniciam-se surtos coletivos que acometem o mulherio todo de uma vez.
Os surtos tais são identificados pelas seguintes características: gritos, gritos, gritos. Sim, muitos gritos. Sim, eu disse que era no meu ambiente de trabalho.
Sim, eu sei que eu trabalho em uma agência. Mas tudo tem limite, oras.
Com o passar do tempo, fui aprendendo a perceber quando a maré sobe antes da tsunami carregar tudo. Começa com um murmurinho que não cessa em poucos minutos, ele vai indo e indo. Se você olha para a porta e vê que mais pessoas estão chegando ao local, provavelmente inconscientemente atraídas pela iminente ocorrência, pode apertar os cintos – o que, neste caso, significa colocar os fones de ouvido e aumentar muito o volume do som.
A mulherada acha algum tema polêmico – que pode ser desde a cor de esmalte que está na moda até a proibição do uso do messenger – e engata a primeira.
A partir daí, alguém com mais potência na voz deve pensar que sua opinião é mais importante para o grupo – e aumenta um tom. Essa seqüência de pensamento, pelo que se percebe em seguida, deve ser bem comum, pois acontece no grupo todo. Quer dizer, uma após a outra, todas vão aumentando seus tons, até que uma feira livre pareça um concerto de musica clássica perto disso aqui.
É claro que exagero. Mas é que elas chegam num nível cuja freqüência interfere no funcionamento dos meus neurônios, travando meu cérebro. é sério.
Eu estava acostumada a trabalhar sempre com mais homens que mulheres. Ambientes mais equilibrados também são barulhentos, mas não dessa forma. Parece que as coisas não fogem ao controle. Pelo menos não totalmente.
Ao menos amanhã é sexta-feira e eu vou ver o meu amôur.
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